A parlamentar defendeu projeto dela que trata da obrigatoriedade de notificar todos os casos, inclusive os suspeitos, de automutilação. Segundo Dra. Silvana, diferente do suicídio, a automutilação ainda não é obrigatória a notificação. “Que a gente possa ter o registro deles e perseguir a resposta, o auxílio para esse paciente”, justificou.
A parlamentar afirmou ter participado de vários debates sobre o suicídio e sabe que o assunto é tabu entre as famílias. “É uma doença que as pessoas, por se envergonharem, preferem não tocar no assunto, como se não tocar no assunto não vá acontecer”, disse.
Dra. Silvana criticou a ausência de ações preventivas, sobretudo durante o Setembro Amarelo, campanha criada em 2015 para prevenir a doença. “Não tem adiantado nada. Pelo contrário. Fez foi aumentar os casos de suicídio exatamente no mês. As pessoas que têm a tendência aproveitam o mês de setembro para cometer o suicídio”, ponderou.
Na avaliação dela, falta o tratamento e a conscientização da pessoas. Para ela, o assunto requer debate. “É necessário que falemos sobre automutilação, suicídio, atendimento, prevenção. Se o mês não está dando certo, vamos fazer o ano todinho de informação, discussão”, disse, informando que o tema será levado para a Comissão de Seguridade Social e Saúde.
Em aparte, o deputado Fernando Santana (PT) endossou a preocupação e disse que doenças como a depressão, síndrome do pânico e automutilação levam ao suicídio e são silenciosas. “Precisa ser tema nessa Casa, debater e pedir auxílios aos órgãos públicos para tratar melhor esse tema não só no tratamento, mas também com informação”, propôs.
LS/AT