A parlamentar disse ter participado de reunião com o secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), André Costa, juntamente com a presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará, Mayra Pinheiro. De acordo com a parlamentar, o secretário reconheceu que foram registrados casos de insegurança em algumas unidades.
Para conter essa situação, André Costa sugeriu, por exemplo, a negociação com a direção do Instituto Doutor José Frota (IJF) para a criação de uma enfermaria só para presos, facilitando o trabalho dos policiais para vigiá-los. Na avaliação dele, o contingente de 140 policiais utilizados somente para custodiar os presidiários poderia ser reduzido pela metade.
Além disso, Dra. Silvana informou que o secretário solicitou a apresentação de requerimento pedindo que os policiais do Batalhão Patrimonial façam a segurança das unidades hospitalares e postos de saúde. “A ideia inicial era que os hospitais fossem incluídos no programa Ceará Pacífico, mas até agora isso não aconteceu”, lamentou.
Em aparte, Capitão Wagner (PR) avaliou que não deveria haver a escolta de presos pelos policiais. Segundo ele, há casos em que um preso passa até 60 dias à espera de uma prótese, mobilizando dois agentes. “Acredito que Prefeitura e Estado podem chegar a um entendimento para a construção da enfermaria só para presos”, sugeriu.
O deputado Renato Roseno (Psol) defendeu que a tarefa de custódia não é da polícia, mas do Poder Judiciário. Ele lembrou ainda que a Polícia Civil tinha quatro mil servidores há 20 anos e, hoje, seriam apenas 2.500. Por isso, defendeu que a Prefeitura e a SSPDS discutam conjuntamente uma solução para a custódia de presos. “É uma questão de racionalidade administrativa”, analisou.
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