De acordo com a parlamentar, a visita atendeu aos requerimentos dos deputados Audic Mota (PMDB) e Heitor Férrer (PDT), e teve o objetivo de checar os impactos ambientais do transporte de carvão mineral pela esteira da termoelétrica.
A deputada Dra. Silvana informou que, ao chegar ao local, a esteira estava desligada, impossibilitando-os de checar se havia vazamento do carvão durante o transporte, e que o responsável pelo empreendimento já sabia que haveria a visita dos parlamentares. Por isso, ela considerou um erro que as comissões anunciem oficialmente sobre visitas de fiscalização e que é preciso ir sem avisar.
A parlamentar informou que, apesar de a esteira estar desligada, foi possível constatar com os moradores os efeitos nocivos dela. Ela relatou que a comunidade se queixa de problemas respiratórios e de pele e sugeriu que uma equipe de médicos seja encaminhada ao local, para confirmar a relação entre as doenças e o transporte do carvão mineral. A deputada afirmou que os moradores também se queixam do barulho e que disseram que o equipamento também é ligado durante a noite.
Em aparte, o deputado Renato Roseno (Psol) explicou que a esteira possui cerca de 16 km e custou R$ 212 milhões, pagos pelo Governo do Estado. Segundo ele, a esteira passa por um campo de dunas que é uma área de preservação permanente, além de poluir também a Lagoa do Pecém. O parlamentar informou ainda que há previsão de construção de uma segunda esteira para transporte de carvão mineral e criticou o uso desse combustível, que já é condenado mundialmente e está sendo usado no Estado.
O deputado Roberto Mesquita (PV) também aparteou para declarar que o uso do carvão mineral é um erro e considerou que houve falta de zelo na construção da esteira. O parlamentar enfatizou ainda que o projeto previa o transporte do carvão em uma esteira fechada, sem deixar resíduos e que o Governo deveria chamar a empresa para corrigir o projeto.
JM/JU