“O jornalista Xico Sá pediu demissão da Folha após ter declarado seu voto para Dilma no 2° turno. Isso demonstra como a mídia brasileira trata de forma antidemocrática os seus colaboradores e componentes”, afirmou o parlamentar.
Lula Morais também citou a carta escrita por Roberto Amaral, na qual ele afirma que o “PSB renunciou ao seu futuro”, quando optou pelo alinhamento com a candidatura tucana. O deputado observou, ainda, que essas “decisões e opiniões políticas exprimem muito bem o que vai se delineando no entorno das duas candidaturas à presidência”.
Para Lula Morais, a candidatura de Aécio atrai apoios de setores que defendem a ditadura militar (1964-1985), a tortura, a submissão do Brasil aos interesses estrangeiros e a independência do Banco Central.
Em seu pronunciamento, o parlamentar afirmou que o Congresso Nacional é incapaz e defendeu a necessidade de uma Constituinte para que finalmente venha a ser feita a reforma política no País. “Esse Congresso é o de perfil mais conservador desde 1964. É completamente dissociado da realidade e da representação política da sociedade brasileira”, opinou.
Lula Morais ressaltou ainda as conquistas obtidas nos últimos 12 anos de governo petista. “Por mais erros que tenham tido os governos Lula e Dilma, esse período histórico é muito significativo. Do mais rico ao mais pobre, todos ganharam. Isso é um fato histórico inédito”, argumentou.
Em aparte, o deputado Ely Aguiar (PSDC) lembrou que casos de censura à imprensa também aconteceram recentemente no Ceará. Citou a ação judicial movida pelo governador Cid Gomes, que impediu a circulação da revista “Isto É”. O parlamentar citou também a retirada do ar do blog do jornalista Roberto Moreira, que divulgou que teria havido uma briga interna na campanha do candidato Camilo Santana (PT).
A deputada Eliane Novais (PSB) defendeu o apoio do PSB a Aécio Neves. Ela recordou o rompimento de Eduardo Campos, candidato à presidência, morto em acidente aéreo em agosto, com o governo Dilma. A parlamentar destacou que aliança com a candidatura de Aécio se deu em bases programáticas, na qual o PSDB assumiu compromissos do programa de governo do PSB.
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