Lula Morais destacou a importância da transparência e da divulgação das ações realizadas pelas instituições públicas no regime democrático, para que a sociedade possa acompanhar o que fazem os políticos durante seus mandatos. “Somos eleitos por nossas propostas. Nós seduzimos o eleitor e, portanto, temos a obrigação de apresentar o que estamos fazendo”, afirmou, destacando ainda o papel da imprensa, citando a transmissão ao vivo das sessões plenárias, por meio da TV Assembleia (canal 30).
Segundo o deputado, o Ministério Público vai contra o que quer o eleitor e impede que ele acompanhe o que está sendo feito na política, que vai afetar diretamente a vida de toda a sociedade. “No caso da revista do senador Inácio Arruda, a propaganda era para divulgar projeto de sua autoria que obriga a realização do teste da orelhinha, ou que trata sobre a criação da Área de Preservação Ambiental (APA) da Meruoca, ou ainda que estabelece que toda mulher com mais de 40 anos deve fazer o exame da mamografia; tudo isso é lei de autoria do senador. Divulgar isso é crime?”, pontuou o parlamentar, depois de elogiar o trajetória política de Inácio Arruda.
O deputado citou ainda que a própria imprensa faz seu julgamento muitas vezes tendencioso. “Não é incomum você ter um radialista que todo dia diz o que quer. Arnaldo Jabor está fazendo campanha clara contra o Partido dos Trabalhadores. A Globo faz campanha subliminar e o Ministério Público não escuta e não vê nada”, ressaltou.
Em aparte, os deputados Heitor Férrer (PDT), Ely Aguiar (PSDC), Roberto Mesquita (PV) e Camilo Santana (PT) também mostraram repulsa à decisão da justiça provocada pelo Ministério Público. “Tenho apreço pelo Ministério Público, mas nós que temos mandatos somos obrigados a fazer contratos com empresas de divulgação para mostrar nosso trabalho. É obrigação”, afirmou Heitor. “É um grande equivoco isso”, disse Ely Aguiar. “O senador Inácio tem uma história de louvor com o Ceará, eu acompanho ele desde a escola técnica e o Ministério Público aproveita sua autonomia para fazer a própria lei”, acredita Roberto Mesquita. “Eu me solidarizo com o senador. Precisamos tomar uma atitude urgente em relação a isso”, declarou Camilo Santana.
YI/CG