Segundo o parlamentar, o período de Carnaval registrou mais de 70 homicídios e foi o mais violento dos últimos 10 anos. “O governador Cid Gomes tem nessa Casa uma ampla base política, mas queria pedir aos parlamentares que não transformassem esse pacto com Cid em voto de silêncio. Os números não mentem. Todas as ações do governador se tornam pequenas quando vemos os índices de violência no Ceará”, disse.
O deputado afirmou que o Governo precisa ter mais atitude para minimizar a violência do Estado. “A base de Cid Gomes diz que esse foi o Governo que mais contratou polícia, mais inaugurou delegacias e mais investiu em segurança, mas precisamos de mais”, salientou.
Roberto Mesquita ressaltou ainda que o governador Cid Gomes e o prefeito Roberto Cláudio deveriam diminuir em pelo menos 50% o aparato de policias que fazem suas seguranças. “Não quero que Cid Gomes e Roberto Cláudio sejam alvos de nenhuma violência, mas é um absurdo que eles andem com mais de 40 policias, enquanto a população anda completamente desprotegida. Nem o prefeito e nem o governador sabem o que é insegurança”, apontou.
Em aparte, o deputado Ely Aguiar (PSDC) classificou a violência durante o Carnaval no Ceará de “estarrecedora”. “Fortaleza é a 7° cidade mais violenta do mundo”, apontou. O parlamentar destacou que os altos números da violência no Estado estão repercutindo fora do País e assustando os turistas. “No Jornal Nacional saiu que países como Estados Unidos, Espanha, Itália e França estão fazendo a cartilha do turista para que estes se protejam da insegurança durante a Copa do Mundo no Brasil. Isso é um absurdo, as pessoas estão apavoradas”, disse. O deputado Ferreira Aragão (PDT) afirmou que o problema da violência é nacional. “O Brasil está acima da média em consumo de crack. O maior problema do Brasil hoje é a droga”, ressaltou.
O deputado Fernando Hugo (SDD) frisou que a insegurança no Brasil “choca e assusta as pessoas”. “O tráfico de drogas está acabando com o País. Os menores infratores matando, estuprando e roubando, mas o Congresso Nacional dá as costas e defende que os menores continuam espalhando fogo nas ruas”, criticou.
GM/AT