O parlamentar destacou que as manifestações são apartidárias e mostram uma insatisfação da sociedade em todos os segmentos. “É uma movimentação popular que coloca a política como um todo, sem bandeira específica. Mas a diversidade das bandeiras é maior para empurrar uma transformação”, explicou.
Entre as reivindicações, ele citou a cobrança de políticas públicas a fim de melhorar a saúde, educação, um planejamento viário para segurança e mobilidade urbana. No transporte, por exemplo, ele disse que somente a pressão popular foi capaz de reduzir a tarifa de ônibus em alguns lugares. “Com a movimentação, Goiás colocou tarifa zero para estudantes”, mencionou.
Em relação à saúde, o parlamentar criticou os que se opuseram, à época, à cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), cujos recursos eram destinados à saúde, e que hoje reclamam dos problemas enfrentados na área. “Quanta falta tá fazendo para nosso sistema de saúde”, pontuou.
Mesmo salientando que o Brasil de hoje se encontra melhor que antes, ele defendeu que “temos que encontrar uma solução para isso porque senão vamos à bancarrota”. O parlamentar entende que o povo precisa ser ouvido por meio do plebiscito.
Em aparte, o deputado Osmar Baquit (PSD) destacou a necessidade de se estender as reformas, citando a tributária, “que ninguém discute”, assim como concentração de recursos por parte da União, em detrimento dos municípios, que segundo ele estão cada vez mais pobres. O parlamentar criticou o valor de R$ 500 milhões que será gasto com a realização de um plebiscito para a reforma política. “Acho que Dilma deveria convidar os lideres partidários sem precisar de plebiscito. Reforma Política tem que ter, mas se a Câmara Federal e o Senado não fizerem está decretando a própria falência”, disse.
Na mesma linha, a deputada Ana Paula Cruz (PRB) afirmou que a presidente Dilma está sendo levada por um impulso. Embora defenda a reforma política, entende que, “antes de tudo, precisamos da reforma tributária, porque a população está farta de pagar altos impostos e não ter serviços públicos de qualidade”.
O deputado João Jaime (PSDB) pontuou a questão da corrupção, que ele definiu como “a mãe de todos os problemas, pois tira dinheiro de tudo” e endossou as críticas em relação aos impostos. “Aumentar nunca foi a solução”, ressaltou. Ele também se opôs a realização do plebiscito, que na opinião dele está sendo usado pelo presidente Dilma Rousseff. “O povo não quer constituinte, plebiscito, mas quer respeito, saúde”, acentuou.
LS/CG