“Por que tanta generosidade em investir bilhões de reais para estádio de futebol e não utiliza essa mesma generosidade para o sistema de saúde do Brasil?” perguntou. Para ele, a voz das ruas pede investimentos concretos nos hospitais públicos, “que estão caindo aos pedaços, e as pessoas morrendo nas macas e nos corredores”.
O deputado também explicou que os postos de saúde não têm condições de atender a população, porque são incapazes de fazer um hemograma ou um simples raio-x. Ele acentuou que o problema de atendimento não é falta de médico.
Vasques Landim esclareceu que esses fatos levaram o povo às ruas para protestar. “Não foi a falta de médicos”. Segundo ele, há 400 mil médicos no País e são formados mais 20 mil por ano. “É o país com o maior número de faculdades de medicina no mundo”, assinalou.
Os profissionais são mal divididos geograficamente, conforme ele, porque os médicos não querem trabalhar em um posto de saúde insalubre, sem remédios e equipamentos, incapazes de fazer um diagnóstico completo. “As vozes da rua não pediram a importação de médicos”, frisou.
Mirian Sobreira (PSB), em aparte, disse que a maior angústia da população é relativa à corrupção. Em seguida, a PEC 37 e depois a saúde. A deputada sugeriu que a presidente abandonasse o tratamento médico que faz em São Paulo e passasse a ser atendida por um médico cubano. “Será que vamos deixar a nossa população mais carente ser atendida por médicos que nem português falam”? Ela defendeu que todos os estrangeiros passem pelo exame “Revalida”.
A deputada Dra. Silvana (PMDB) disse que a Dilma Roussef errou quando sugeriu um plebiscito para realizar uma Constituinte. “Ela não está ouvindo as ruas. O pronunciamento dela não me contemplou”.
A deputada Eliane Novais (PSB) questionou as razões de não haver resposta às denúncias de corrupção nos casos dos empréstimos consignados para servidores públicos e kits sanitários, que foram pagos e não construídos. “A corrupção no Ceará acontece e ficam todos impunes. Por isso que a população está nas ruas. Temos a carga tributária elevada e não temos os serviços à altura”.
Para Ferreira Aragão (PDT), os problemas do Brasil são a preguiça, a incompetência e a roubalheira. “Não nos interessa uma praça linda, se, no posto de saúde ao lado, não tem médico nem remédio”, afirmou.
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