Para o deputado, o gestor não veio participar de um debate respeitoso, “mas se apresentar com empáfia e, às vezes, ferindo os parlamentares”. “Com a humildade se consegue tudo, convencimento, aliados, mas com arrogância e sarcasmo espanta as pessoas”, ponderou.
Vaques Landim disse que não foi convencido pelos números apresentados pelo secretário, que, segundo ele, refutam os clamores da população. “Não precisa ser sociólogo para perceber que a população está apavorada e se sente totalmente insegura no Ceará”, enfatizou.
O deputado também considerou deselegante a forma como o secretário se referiu à deputada Fernanda Pessoa (PR). “Foi deselegante e desrespeitoso, ao chamá-la de Roberta Pessoa, em referência ao pai dela, ex-prefeito de Maracanaú”. Também disse que o gestor foi arrogante, quando recomendou a renúncia da parlamentar, sem entender que ela foi eleita deputada pela vontade popular. “Ele não entende o que é um processo democrático”, frisou. “Se ele fala assim com os deputados, imagino como ele fala com os seus próprios subordinados. Fica aqui a nossa reflexão”, disse.
Em aparte, o deputado Antonio Carlos (PT) afirmou que, durante a sessão de ontem, foi privado de uma réplica, por decisão da Mesa Diretora. “Concordo também que faltou a humildade, houve arrogância, frieza e ironia. E faltou com a verdade”, disse o petista.
O deputado Heitor Férrer (PDT) corroborou com as declarações dos demais deputados que apartearam o orador. “O secretário foi mais real do que rei. O governador Cid Gomes nunca foi deselegante ou desrespeitoso com os parlamentares como foi o coronel. Ele marcou negativamente a história do Parlamento. Derreteu o Parlamento, sob os olhares de todos os deputados”.
O deputado Roberto Mesquita (PV), por sua vez, considerou que a provável capacidade que o secretário possa ter para o cargo foi encoberta pela arrogância.
JS/CG