Um total de 11,5% dos internautas votou na opção “não”, por perceber a música apenas como mais uma disciplina que iria sobrecarregar o estudante, enquanto 5,1% não têm opinião sobre o tema.
O deputado Ferreira Aragão (PDT), membro da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, concorda com a maioria dos internautas e defende a inclusão do ensino de música nos currículos escolares.
De acordo com ele, além de desenvolver a criatividade, integração e talento do estudante, o ensino de música – assim como todas as formas de arte – pode se tornar uma “qualificação profissional”. “É uma medida que só vem beneficiar a criança e o adolescente. Música é um hobby, mas pode ser uma profissão séria também; então essa é uma medida que tem meu total apoio”, disse.
Já o deputado Carlos Felipe (PCdoB), também membro da Comissão de Educação da Casa, levanta a questão de outra forma. Para ele, “não se deve separar as coisas desse modo”. “Por que só música?”, questionou.
De acordo com Carlos Felipe, o ensino da arte deve ser feito de forma mais ampla, para desenvolver as diferentes capacidades dos estudantes. “Se formos obrigar o ensino de música, por que não incluir pintura também, por exemplo? A arte é muito ampla, então acho que não devemos segmentar dessa forma”, defendeu.
Já a professora de música, licenciada pela Universidade Estadual do Ceará (Uece), e pianista Mirian Lin concorda com a maioria dos internautas e diz que a importância da disciplina não se sustenta apenas no desenvolvimento da sociabilidade e da sensibilidade.
“A música ajuda na coordenação motora e no senso rítmico-melódico. Isso, somado ao desenvolvimento do trabalho em equipe, à concentração, além da aquisição de uma nova habilidade, pode auxiliar no desenvolvimento de outras disciplinas, como Português e Matemática”, argumentou.
PE/CG