Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas apoiam campanha Março Lilás para combate ao câncer de colo uterino
Para 74,5% dos participantes, a campanha é forte instrumento para estimular as mulheres sobre os cuidados e prevenção contra a doença. Enquanto 25,5% consideram o movimento uma iniciativa sem grandes resultados práticos.
A procuradora Especial da Mulher na Assembleia Legislativa do Ceará, deputada Augusta Brito (PCdoB), diz que a campanha “Março Lilás” é mais um importante instrumento para falar sobre a terceira forma mais comum de câncer entre as mulheres, o do colo do útero. “Além do preservativo, que previne de maneira parcial o contágio, a vacinação contra o HPV é necessária. Também não podemos esquecer que o exame de Papanicolau é indicado como método de prevenção. Prevenir é sempre a melhor solução e a campanha nos ajudam a ampliar esses métodos”, avalia.
O deputado Heitor Férrer (SD), observa a necessidade de campanhas de conscientização para alertar e informar a população devidamente. “Em casos como o de câncer uterino, o diagnóstico precoce faz uma grande diferença para o sucesso do tratamento. Segundo o parlamentar, quanto mais mulheres estiverem atentas e a par da doença, maiores as chances de recuperação e menores os índices da doença. “O que deve ser feito é fortalecer ainda mais a iniciativa para que possa gerar impactos positivos cada vez maiores”, salienta.
De acordo com a Doutora em Enfermagem, pós-doutora pela Escola de Educação e serviço social da University of Dundee – Escócia, e professora da disciplina de Saúde Sexual e Reprodutiva da Universidade Federal do Ceará (UFC), Ana Karina Bezerra Pinheiro, os fatores relacionados às crenças e atitudes da mulher em relação ao câncer do colo do útero e a autopercepção da gravidade e vulnerabilidade à doença configuram-se como limitantes à realização da prevenção.
A professora ressalta que o desconhecimento sobre os potenciais benefícios do rastreio, a crença de ele ser desnecessário na ausência de sintomas, o medo de um diagnóstico potencial de câncer ou a percepção de que o câncer não pode ser curado prejudicam o sucesso da campanha.
“Sendo assim, as ações educativas devem estar presentes no cotidiano das mulheres. Conforme avalia, tais informações impactam positivamente e são fundamentais para a disseminação da necessidade dos exames, do retorno e da sua periodicidade adequada, bem como dos sinais de alerta que podem significar câncer. “O amplo acesso da população a informações claras, consistentes e culturalmente apropriadas deve ser uma iniciativa dos gestores e dos serviços de saúde em todos os níveis do atendimento”, alerta.
LA/AT