No momento, os participantes tiveram a oportunidade de ouvir e aprender sobre pilates e ginástica laboral, transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) na sala de aula e sobre a saúde da voz dos professores. O público presente elogiou bastante o segundo dia do ciclo de palestras.

A professora e representante das coordenadorias da Secretaria de Educação de São Benedito, Eliane Medeiros, comemorou a realização de palestras voltadas para os transtornos de comportamento de estudantes em sala de aula. De acordo com ela, a demanda em São Benedito de estudantes com particularidades como o TDAH e o autismo é alta, e não corresponde à quantidade de professores capacitados.

“Nós professores reconhecemos esses problemas e temos que lidar de forma adequada com cada particularidade, e mais que lidar com os estudantes nessas condições, temos que lidar com os pais deles”, disse. Segundo ela, muitas vezes, os pais ignoram e até negam que os filhos possuam qualquer tipo de transtorno e dificultam mais ainda o acesso a um diagnóstico. “Essa palestra deveria ser acompanhada por todas as pessoas”, ressaltou.

A fisioterapeuta Magda Feitosa, que facilitou a conversa sobre pilates e ginástica laboral, também reforçou a necessidade de esses conhecimentos chegarem a todos. “A ginástica laboral, por exemplo, é algo que não só beneficia a saúde do funcionário, como também aumenta e aperfeiçoa a produtividade, e muitas empresas sequer pensam em estimular essas práticas entre seus funcionários”, analisou.

Na parte da tarde, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente traz aos beneditenses, mais uma vez, as discussões sobre educação ambiental e coleta seletiva e sobre desenvolvimento sustentável e certificações ambientais. A coordenadoria LGBT+ da Secretaria de Proteção Social, Cidadania, Justiça, Mulheres e Direitos Humanos também promove palestra atualizando o público presente sobre a política LGBT+ do Estado.

Segundo Narciso Junior, responsável pela Coordenadoria de Políticas LGBT+ da secretaria, a ideia de trazer o tema para São Benedito foi informar à população sobre o que fazer nos casos de LGBTfobia e quais órgãos e entidades contatar no momento de fazer a denúncia.

“Queremos fortalecer essa pauta aqui em São Benedito, dialogando diretamente com os Centros de Referência em Assistência Social (Cras) e demais equipamentos da assistência social, mostrando os avanços das políticas LGBT+ no Ceará”, explicou.

Conforme Narciso, como São Benedito não tem uma política específica que acolha essa população, a SPS se coloca à disposição para orientar a criação de conselhos ou coordenadorias que recebem as denúncias e acolhem aqueles que sofrem esse tipo de violência.

Na quinta-feira (18/11), último dia de Assembleia Itinerante, o ciclo de palestras se encerra com os debates propostos pelo Comitê de Prevenção e Combate à Violência, da Assembleia Legislativa, a oficina Cada Vida Importa, e pelo corpo técnico do Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos da AL, com a palestra sobre o Pacto pelo Saneamento.

PE/LF