A reunião técnica, que contou com a participação do deputado Renato Roseno (Psol), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania, e da deputada Augusta Brito (PCdoB), Procuradora Especial da Mulher, foi um dos encaminhamentos da audiência pública, realizada no dia 31 de agosto, sobre os assassinatos de sete mulheres pelo “Escritório do Crime”, na região do Cariri, há 20 anos.

A dificuldade no acesso aos dados acontece, entre outros pontos, pela necessidade que pesquisadores, universidades e movimentos sociais têm de avaliação de diferentes variáveis e fontes em seus processos de pesquisa, que utilizam metodologias diversas.

A divulgação de dados sistematizados, como é feito atualmente, dificulta ou impede as pesquisas, impactando de forma negativa os trabalhos, leituras do contexto e proposições, gerando, inclusive, divergências entre os dados oficias e os produzidos  pelos pesquisadores sobre violência contra a mulher, indicaram os participantes da reunião.

O debate teve como encaminhamentos a construção de uma proposta de convênio interinstitucional para facilitar e qualificar o acesso às informações e o envio de ofício à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social sobre o acesso aos dados desagregados sobre violência contra a mulher.

Participaram da reunião Daniele Negreiros, do Comitê Cada Vida Importa da AL; Rafael Vilar Sampaio, defensor atuante no Núcleo de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher (Nudem) da Defensoria Pública do Estado do Ceará no Cariri; Déborah Gurgel, delegada de Defesa da Mulher de Juazeiro do Norte; Denise Moreira Aguiar, secretária executiva de Políticas para as Mulheres da SPS; José Heleno Matos Nogueira, superintendente da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (SUPESP).

Também fizeram parte da reunião Zuleide Fernandes Marques, professora e integrante da Frente das Mulheres; Derineide Barboza, presidente da Comissão da Mulher da OAB/CE em Juazeiro do Norte; Mara Guedes, membro do Conselho da Mulher Cratense; Maria Ozaneide de Paula, do Fórum Cearense de Mulheres; Grayce Alencar Albuquerque, coordenadora do Observatório da Violência e dos Direitos Humanos da Universidade Regional do Cariri (Urca).

SA