O deputado estadual Antônio Carlos (PT), coordenador de campanha do candidato Elmano de Freitas (PT) a prefeito de Fortaleza, estranhou as declarações de ontem dos dirigentes do PCdoB. Ao oficializar apoio à candidatura de Roberto Cláudio (PSB), eles criticaram o tratamento dispensado pela Prefeitura de Fortaleza aos partidos aliados durante os oito anos de gestão Luizianne Lins.
“O PCdoB participou de quase oito anos de governo e nunca fez essa crítica. O PCdoB deixou o governo afirmando que entregaria os cargos para disputar a Prefeitura. Estranho. Sempre foi parceiro. Teve espaço grande na gestão. Não foi pouco. Inclusive colaborou muito”, destacou Antônio Carlos.
O deputado destacou ainda que o PT tem muito respeito pelas agremiações de esquerda, pelo em particular PCdoB e entende que a decisão é do partido. Ponderou, entretanto, que o que percebe nas ruas, segundo ele, é que a base do PCdoB, composta por dirigentes sindicais, apoia agora a candidatura do PT.
“O que a gente sente nas ruas, nas bases, é que há uma declaração muito firme de apoio à candidatura de Elmano”.
Na avaliação do deputado, o PSB está muito modificado da tradição de esquerda.
“Aqui no Ceará, a candidatura que representa o projeto mais progressista e de esquerda, sem dúvida, é a do Elmano. Mas cada partido faz a sua leitura. E vamos continuar contando com os eleitores que votaram no Inácio. Nosso contato direto vai ser com o eleitor, porque, afinal de contas, é ele quem detém a decisão final”, destacou o coordenador da candidatura petista na Capital. (Lucinthya Gomes - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) Saiba mais
ParlamentarÚnico vereador eleito pelo PCdoB na última eleição em Fortaleza, Evaldo Lima (PCdoB), ex-secretário de Esportes do Município, não compareceu à entrevista coletiva de oficialização do apoio a Roberto Cláudio. UnidadeEle assegurou, todavia, que está alinhado com a definição. “A decisão é do partido. Houve amplo debate interno. E o partido constrói a unidade”, esclareceu ontem ao O POVO.