Nascido em São Bento do Una, no estado de Pernambuco, em 1º de julho de 1946, Alceu Valença foi um dos primeiros artistas a promover a união do som do agreste nordestino com a guitarra elétrica e o sintetizador eletrônico. O músico assimilou a cultura e a música do agreste e do sertão a partir das raízes que a constituíram. Passou a primeira infância na Fazenda Riachão e lá se acostumou a observar as tertúlias e encontros musicais e poéticos que o avô costumava promover. Aos sete anos, foi com a família para Garanhuns e, em seguida, para Recife.
Alceu Valença também conviveu com personalidades como o maestro Nelson Ferreira e os poetas Carlos Penna Filho e Ascenso Ferreira, amigos de seu pai, o ex-deputado Décio de Souza Valença. Ainda na adolescência, assimilou a poesia urbana e contemporânea, o cinema de autor, adquiriu o gosto pela política e as questões sociais. Com gosto pela música, ganhou um violão de presente de sua mãe, dona Adelma, escondido do pai, que não queria ver o filho metido em rodas de cantoria.
Anos mais tarde, recém-formado em Direito (1969), desiste das carreiras de advogado e jornalista para investir na música. No Rio de Janeiro, em 1971, com o amigo Geraldo Azevedo, parceiro de seu disco de estreia, participa de festivais universitários. Em 1980, lança o LP Coração Bobo (Ariola), cuja música de mesmo nome faz sucesso nas rádios de todo o País, revelando o nome de Alceu Valença para o grande público.
Com produção de Sonja Andrade, Biografia vai ao ar todas as sextas-feiras pela FM Assembleia, às 20h.
Da Redação