Com a avaliação de que o eleitorado fortalezense conseguiu compreender a mensagem do candidato a prefeito do PSB, apoiadores de Roberto Cláudio, durante a votação de ontem, revelavam ter expectativas positivas sobre o desempenho dele na disputa da Capital. Em caso de segundo turno com o candidato do PSB, eles prometem participar mais intensamente da campanha, já que não há mais disputa eleitoral no Interior.
O candidato a vice-prefeito na chapa de Roberto Cláudio, Gaudêncio Lucena, disse ter a consciência de dever cumprido na campanha e, embora tenha evitado falar no segundo turno antes da apuração dos votos, disse que, em caso de uma nova etapa, a intenção do partido é procurar obter o apoio de todos aqueles que disputaram o primeiro turno.
O senador Eunício Oliveira também revelava expectativa positiva ontem. Ele disse que, em caso de segundo turno, deverá se envolver mais na campanha. "Como presidente do PMDB, eu tive que andar todo o Interior do Estado no primeiro turno. Agora, com as eleições no Interior findadas, eu vou me dedicar de corpo e alma à campanha em Fortaleza, junto com o Roberto Cláudio, com Gaudêncio, com o governador e com os nossos companheiros", considerou.
O ex-ministro Ciro Gomes também disse estar esperançoso sobre segundo turno. Para ele, as diferenças entre Elmano de Freitas (PT) e Roberto Cláudio (PSB) devem ficar mais claras em uma segunda disputa. "E aí estabelecer um quadro político claro, porque é uma eleição municipal e não nacional. E no Município, ou você muda ou premia o que está aí", opinou.
Tensões
Ciro reconheceu a existência de tensões entre o PT e o PSB neste ano, mas ponderou sobre a situação no Ceará. "Belo Horizonte foi um quadro onde se conflagrou mais fortemente porque lá tem um candidato potencial de oposição à presidenta Dilma, que é o Aécio. Em outros lugares, a gente não vê esse conflito".
Para Ciro Gomes, a eleição deste ano tem uma influência remota para 2014. Sobre a possibilidade de o PSB disputar a Presidência da República, Ciro disse que, na eleição passada, seu partido cometeu o erro de não participar, mas, diante da nova conjuntura, acha difícil o PSB disputar em 2014. "Na passada, era o Lula que encerrava um ciclo, a Dilma era uma pessoa que não tinha trânsito certo. (...) Agora nós participamos do Governo Dilma", justificou.