O palestrante e membro da ONG “Observatório de Favelas” do Rio de Janeiro, Caio Gonçalves, afirmou que o Nordeste tem “a pior expectativa de morte do Brasil”. “Nosso objetivo com esse seminário na Assembleia é alertar o poder público e a sociedade civil para a necessidade de implantação de políticas públicas que ajudem as crianças e adolescentes em situação de risco de morte. Queremos também analisar os trabalhos das instituições cearenses que podem contribuir com o programa quando implantado no Estado”, explicou.

O assessor técnico da Sejus, Thiago de Holanda, disse que o PPCAAM foi criado em 2003, pelo Governo Federal brasileiro em parceria com o Governo de cada estado beneficiado. Segundo Tiago,  o Programa de Proteção aos jovens ameaçados de morte previne a violência letal em parcerias com organizações e instituições. “O estatuto da criança e adolescente prevê os cuidados com as crianças. Tentamos proteger esses jovens ameaçados e socializá-los”, disse.

Tiago ressaltou ainda que a proteção é feita retirando as crianças e adolescentes ameaçados do local de risco, e inserindo-os em uma comunidade segura. “Ele é protegido e incluído em serviços de saúde, educação, cultura, esporte, assistência social e mercado de trabalho”, frisou.

O PPCAAM já foi implantado em 16 regiões do Brasil entre elas no Espírito Santo, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Brasília, Bahia e Pernambuco. Esse ano o Programa deve ser implantado no estado do Ceará. O debate “Diálogos pela Vida: Programa de Proteção a Criança e Adolescente Ameaçados de Morte” prossegue à tarde das 14h às 17h e amanhã das 8h às 11h e das 14h às 17h.
GM/CG