Para parlamentar, a educação bilíngue é uma forma de garantir a acessibilidade destas pessoas à escola de uma forma inclusiva. Segundo o Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Ceará possui pelo menos 2.340.150 pessoas com algum tipo de deficiência, o que representa 27,69% da população do Estado. Ainda, segundo o estudo, 6,23% dos cearenses se declaram completamente surdos.

Apenas 10% dos surdos e deficientes auditivos cearenses em idade escolar estão nas escolas. Por conta da barreira linguística, grande parte das crianças surdas abandona a escola antes mesmo de completar a primeira parte do Ensino Fundamental, permanecendo sem acesso à escolarização básica, na maior parte das vezes completamente analfabetas.

Foram convidados para a audiência representantes da Associação de Surdos do Ceará (ASCE), Instituto Cearense de Educação e Surdos (ICES), Instituto Filippo Smaldone (IFS), Associação de Pais e Amigos de Deficientes Auditivos, Associação de Profissionais em Interpretação de Língua Brasileira de Sinais do Ceará (Apilce), Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ceará (Cedef), Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Fortaleza (Comdef/Fortaleza), Universidade Federal do Ceará/Secretaria de Acessibilidade (UFC), Procuradoria Geral de Justiça do Ceará, Secretaria Municipal de Educação.
DP/LF