Rochana Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. Dentre os problemas mais reivindicados pela sociedade, sobretudo a classe mais carente, a falta da cobertura do saneamento básico traz prejuízo à Saúde Pública, em que, conforme avaliação de especialistas, a cada R$ 1,00 investido em saneamento, ter-se-ia uma economia, em cerca de R$ 4,00 - evitando gastos no tratamento de doenças infecciosas, bacterianas, virais e parasitárias. A atual gestão, ainda não desenvolveu o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) – de lei federal, contudo, Fortaleza tem até 2014 para elaborar o (PMSB), em que, prevê a universalização do acesso ao abastecimento de água e esgotamento sanitário, à limpeza urbana e o manejo dos resíduos sólidos de forma adequada à saúde pública e à proteção do meio ambiente. Segundo a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Fortaleza tem atualmente, uma cobertura no abastecimento de água de 98,29%, contra 37,23% da cobertura do sistema de esgoto, o que mostra uma disparidade entre ambos, além de ser uma demanda que está longe de alcançar cerca de 2,5 milhões de Fortalezenses. Diante disto, o jornal O Estado procurou os 10 candidatos a Prefeito de Fortaleza para identificar as propostas dos candidatos referentes ao desperdício de verbas públicas, pela falta de comunicação e planejamento, além da atuação na fiscalização em relação à concessionária do projeto de universalização do sistema de abastecimento de água potável e de esgotamento sanitário. Para Renato Roseno (PSOL), irá concluir o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) - atualmente em fase de elaboração. “A partir desse plano, nossa gestão irá repactuar com a Cagece o contrato de concessão, transformando-o em contrato de programa, o qual incorporará as determinações do plano. Outro aspecto que será discutido com a Cagece é o acesso da população de baixa renda aos serviços de esgotamento sanitário. Pretendemos, ainda, fortalecer a Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental, ACFOR, fiscalizadora das atividades do órgão. Por fim, queremos propor, por meio do plano, a instituição de um fundo municipal de universalização, com recursos fiscais e de parte dos recursos das tarifas da Cagece, para que possamos subsidiar de forma direta a população excluída do acesso a estes serviços, explicou”. Marcos Cals (PSDB) alega que,“ 52% das moradias não possuem qualquer tipo de saneamento básico. Um número que poderia ser mais alarmante, se não fosse o Sanear I e II, realizado pelo PSDB, quando esteve no Governo do Estado”. Marcos afirma resgatar este projeto, “e implementar o Sanear III, além da coleta seletiva e a intensificada coleta de lixo”. Segundo ele, o contrato de concessão com a Cagece também será revisado. Heitor Férrer (PDT), se eleito, afirma rever todas as contas, sem exceção, que tem no município. “Na nossa gestão teremos primeiro o objetivo de manter toda a estrutura pública municipal funcionando plenamente, sem atropelos. “Pretendemos submeter todas as contas a uma rígida controladoria administrativa e contábil, com uma completa auditoria financeira vamos corrigir erros que prejudicam o bom andamento das contas do município” , defende. DIÁLOGOO socialista Roberto Cláudio, assegura que “através do dialogo”, irá planejar, estabelecer compromissos, cobrar resultados e fiscalizar a Cagece. Além de implementar o Plano Municipal de Saneamento Básico, que Fortaleza ainda não tem, mas é fundamental para estabelecer metas e prazos para termos uma cidade totalmente saneada”, ressalta. Segundo ele, o Plano deve prever que os serviços públicos sejam prestados tendo como meta a universalização do acesso ao abastecimento de água e esgotamento sanitário, à limpeza urbana e ao manejo dos resíduos sólidos. Francisco Gonzaga (PSTU) garante seguir com o contrato com a Cagece até o ano 2033. O candidato pelos trabalhadores intui que, “a relação e planejamento com o órgão permita não apenas uma melhor coordenação, mas a garantia de que haja água encanada na residência de cada cearense, além de um salto no saneamento básico”. Já Elmano de Freitas, candidato do PT, afirma que, “a nossa proposta é de universalização do abastecimento d’ água e do esgotamento sanitário em Fortaleza, revendo os planos e metas estabelecidos pela concessionária. Não é razoável que a Cagece anuncie 98% de abastecimento de água e, no entanto, falte água diariamente em 22 bairros da cidade. É preciso dobrar o esgotamento sanitário em Fortaleza e resolver os problemas da falta d’água na Cidade. Para isso, é necessário mais investimento, realização de concurso, fiscalização, além de ações integradas da concessionária com outros programas municipais, como o Transfor e o Drenurb. E, claro, assegurar a integração entre os entes federativos para otimização dos serviços públicos”. Os demais candidatos à Prefeitura de Fortaleza, até o fechamento da edição, não responderam aos questionamentos. SAIBA MAISNo início do ano passado, a prefeita Luizianne Lins (PT), por estar insatisfeita com os serviços da Companhia, por pouco não quebrou a parceria que já chega aos 40 anos, em que foi renovado ainda, na administração de Juraci Magalhães, em 2003, cuja validade será até 2033, atribuindo a buraqueira na Cidade, sendo de responsabilidade da Cagece, onde, por falta de planejamento, acabava quebrando vias, onde a Prefeitura já tinha investido, recapeando-as, levando assim, o desperdício de verbas públicas.