Por meio do projeto 16/19, aprovado pela Assembleia Legislativa, o parlamentar propõe o desenvolvimento de atividades e atendimentos especializados nas áreas de educação, atividade física e esportiva, nutrição, psicologia, cultura e lazer no âmbito do Ceará.
De acordo com o deputado, os processos relacionados ao envelhecimento exigem a adoção de medidas que possam ser efetivas tanto para os idosos senescentes quanto para os senis. "A persistência dos desafios, considerados relevantes, impõem a tomada de decisão e efetivação de políticas públicas resolutivas, tendo em vista o crescimento significativo e de forma célere da população idosa, o nível socioeconômico e educacional baixo e a elevada prevalência de doenças crônicas e incapacitantes", afirma.
Bruno Pedrosa justifica que o projeto que contempla o Programa Qualidade de Vida para o Idoso no âmbito do Estado foi elaborado a partir da compreensão do necessário investimento numa forma preventiva e ampla de atuação que promova, mantenha e recupere a saúde, além de reduzir incapacidades e agravos.
No Brasil, de acordo com estudos e pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de idosos com idade acima de 60 anos passou de três milhões em 1960 para sete milhões em 1975 e 14 milhões em 2002, alcançando mais de vinte milhões (20.590.599) em 2010. O aumento foi de 600% em 50 anos, com estimativa de alcançar 32 milhões em 2020. Segundo dados do censo demográfico de 2010, a população idosa no Ceará é de 909.475.
"É importante reconhecer que o aumento do número de idosos no País decorre de melhorias nas condições gerais ofertadas a esse grupo, o que representa o resultado positivo das ações governamentais", observa Bruno Pedrosa. Entretanto, conforme o parlamentar, esses resultados, associados à ampla legislação destinada à população idosa, não têm sido suficientes para transformar o cenário ainda marcado pelo descaso, pelo abandono e pela negligência.
JM/AT