A maioria dos internautas (89,1%) responderam afirmativamente, já que a educação básica, universidades e centros de pesquisa precisam ser priorizados no País. Já 10,9% dos participantes consideram que os recursos devem ser divididos entre educação e acionistas da Petrobras, uma vez que os valores provêm de lá.

Para o presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Educação Superior da Assembleia Legislativa, deputado Romeu Aldigueri (PDT), todo recurso investido em educação é válido, porém, como a Petrobras é um indutor de geração de emprego e renda, poderia também receber um aporte.

“Poderia ser feito um pacto em que os recursos recuperados fossem para a educação e também para a saúde. Como a Petrobrás foi saqueada, mal administrada e não deixa de dar suporte à geração de renda brasileira, deve receber alguma verba, para conseguir se reerguer”, enfatizou.

Já o vice-presidente do colegiado, deputado Carlos Felipe (PCdoB), enfatizou que os recursos deveriam ser divididos entre educação e saúde. “Quero salientar que os recursos recuperados estão longe de tudo o que o Brasil perdeu. Era preciso recuperar esses recursos, mas, da forma que foi feito, resultou em déficit no setor civil, aumento de desemprego, empresas falindo e demais reações que prejudicaram o nosso País”, assinalou.

O economista e professor do Centro Universitário 7 de Setembro (Uni7) Ricardo Coimbra ressaltou que os recursos recuperados pela Lava Jato devem ser investidos não apenas na educação. “Devido ao congelamento de verba em educação e saúde, esses recursos auxiliariam bastante na manutenção dessas áreas”, disse.

O economista salientou ainda que uma pequena parcela da verba poderia ser direcionada para os acionistas da Petrobrás, que tiveram grande perda nas ações. “Para gerar alento ao investidor e recuperar a credibilidade da empresa, uma parte do dinheiro poderia voltar para a Petrobrás, gerando uma perspectiva mais positiva para a companhia”, apontou.
GM/LF