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“Sem Zezinho, processos ficam mais fáceis” - QR Code Friendly
Quinta, 03 Janeiro 2019 06:46

“Sem Zezinho, processos ficam mais fáceis”

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Para o deputado estadual Tin Gomes (PDT), com a saída de Zezinho Albuquerque (PDT) da disputa para a presidência da Assembleia Legislativa (AL), os processos relativos a essa eleição ficam “mais fáceis”. Segundo ele, o fato de o atual presidente da Casa não estar mais no páreo significa que as articulações passam a ser feitas no mesmo nível, uma vez que não há mais que se considerar a relação de poder existente entre presidente e demais candidatos.   “Todos os candidatos estão no mesmo nível. Uma coisa é competir com o presidente, outra é com os colegas deputados”, avalia ele. “O que é bom é que, nesse processo, deixa os candidatos à vontade, já que o presidente não é mais candidato e, ao mesmo tempo, todos têm essa predisposição de não bater chapa”, conclui. Segundo o deputado, que atua também como vice-presidente da AL, a saída de Zezinho dá início a outro processo, que deve se estender, agora, até os dias que antecedem o pleito, em fevereiro.   Zezinho Albuquerque, que disputaria a reeleição, foi convidado pelo governador Camilo Santana (PT) para compor seu secretariado na segunda gestão de seu governo, à frente da Secretaria das Cidades. “Fui convidado pelo governador Camilo e sempre digo que faço parte de um projeto liderado pelo governador, então, se ele me convidou, tem que ir, não tem outro jeito”, explica.   O presidente vê o processo que se seguirá à sua saída do páreo com tranquilidade. “Vai sair outro nome do PDT, o maior partido [na Casa], tem alguns nomes aí e vamos tentar fazer com que haja uma solução pacífica”, declarou. Ele esclarece, no entanto, que continua na cadeira da Presidência até o fim oficial de seu mandato, mesmo tendo sido chamado para compor o Governo. “Eu tenho até 31 de janeiro para ficar na Assembleia, vamos procurar conduzir, terminar os trabalhos até o final do mês”, disse o deputado.   O PDT, sendo a legenda com a maior proporção de parlamentares na Assembleia, tem a responsabilidade de indicar o próximo presidente da Casa. Estão sendo trabalhados para disputar o cargo, além de Tin Gomes, o deputado Evandro Leitão (PDT), líder do Governo na Assembleia. Enquanto outros nomes chegam a ser mencionados em conversas sobre o assunto, esses dois despontam como as principais possibilidades.   Consenso Os pedetistas concordam que, independente de quem seja alçado ao cargo de presidente, o mais importante é que haja um consenso em torno do nome dentro do partido, de modo que não seja preciso “bater chapa” – ou seja, disputar, de fato, a eleição em duas chapas concorrentes.   “Vamos já consolidar isso dentro do PDT, a ideia de todos os candidatos que estão à disposição é não ter disputa, isso vamos tentar trabalhar com Dr. Sarto, com Evandro, conversando com Serginho [Aguiar] também, e o próprio presidente, que vai ser peça fundamental no processo, vai conduzir tudo, como é normal”, conta Tin Gomes. A intenção é não repetir o processo que ocorreu na última eleição para a Casa Legislativa, quando Zezinho Albuquerque e Sérgio Aguiar disputaram a presidência, em disputa que acabou gerando rupturas traumáticas para lideranças do partido no Ceará e que culminou na extinção do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). “O que se espera agora, nesse resto de mês e meio, é para a gente trabalhar com os amigos deputados, conquistar confiança, voto, e depois começar o processo de formação da Mesa Diretora e das comissões técnicas da Casa”, continua Tin.   Articulação Segundo o deputado, seu nome está sendo bem aceito entre os demais parlamentares. Segundo ele, sem o presidente na disputa, a expectativa é que apareçam novas declarações de voto. “Vai ter um pouco mais de liberdade para dizer em quem vota, os candidatos que tinham esperança de votar nele vão poder dizer não mais que eu seria a segunda opção, e sim que passei a ser a primeira opção, vão ser revelados alguns votos nessa condição”, conta. No decorrer do dia da posse do governador, na última terça (1º), colegas cumprimentavam Tin Gomes nos corredores da Assembleia Legislativa exclamando “Meu presidente!” Ele comentou, ainda, a experiência que tem à frente da Casa Legislativa. “Eu não diria que a vantagem que eu tenho é de já ter sido presidente da Câmara [Municipal], seria de que eu estou há seis anos que presido sessão na Assembleia, e o pior que tem pra administrar a Casa é o Plenário. E os pares sempre têm uma consideração muito grande [por mim], tanto que nunca perdi um projeto sequer, todas as minhas iniciativas foram aprovadas”, comenta. Por outro lado, seu principal adversário, Evandro Leitão, é apontado como o nome preferido de Camilo Santana – cuja palavra deve acabar tendo peso expressivo no processo decisório. A eleição ocorre em fevereiro, após os deputados tomarem posse para a nova legislatura. Segundo os parlamentares, o primeiro pretendente a consolidar a maioria dos votos dos colegas conseguirá consolidar o restante.
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