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Quinta, 09 Agosto 2012 04:08

Alianças repercutem na disputa para vereador

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Nas eleições de outubro próximo, os eleitores elegerão 43 vereadores para exercer mandato parlamentar na Câmara Municipal de Fortaleza, dois a mais do que os diplomados para a atual legislatura Nas eleições de outubro próximo, os eleitores elegerão 43 vereadores para exercer mandato parlamentar na Câmara Municipal de Fortaleza, dois a mais do que os diplomados para a atual legislatura FOTO: KID JÚNIOR
  Partidos que apoiaram a gestão seguem rumos diferentes, interferindo na tentativa de reeleição de vereadores Durante as últimas eleições municipais em Fortaleza, em 2008, pelo menos 12 partidos políticos se uniram em prol da reeleição de Luizianne Lins e, muitos desses, se uniram também na disputa proporcional, visando eleger maior número de candidatos para a Câmara Municipal. Neste ano, porém, a maioria dessas legendas segue rumos diferentes, o que repercutido na campanha de alguns vereadores que tentam a reeleição. É o caso da vereadora Magaly Marques (PMDB), que disse estar passando pela eleição mais difícil de sua vida política em razão do fim da aliança com o PT. Isso porque após o rompimento do PSB com o PT, o PMDB preferiu seguir com os socialistas, fechando coligação apenas na disputa pela Prefeitura. A situação tem feito com que alguns vereadores temam não conseguirem se reeleger neste ano. Magaly Marques responsabiliza o presidente do seu partido, Eunício Oliveira, pela situação. "O meu partido não perseverou com a aliança com a prefeita, da qual participamos da base. Agora estou independente e não tenho nenhum compromisso com a prefeita. A orientação que sigo é do de meu líder maior, que é o (deputado estadual) Carlomano Marques", salientou. A vereadora disse que, para o pleito de outubro, tem contado com o apoio de amigos e parentes e que, somente por isso, tem insistido na tentativa de reeleição."Está tudo mais difícil por conta do fim da aliança, e eu capitalizo essa responsabilidade toda no presidente de nosso partido, Eunício Oliveira", apontou. Em 2008, muitas alianças foram formadas e, neste ano, não serão repetidas, como é o caso do PT e PMDB, que no último pleito marcharam juntos e fizeram oito parlamentares para a Casa Legislativa, quatro de cada sigla. Neste ano, mesmo os peemedebistas querendo se coligar na proporcional com o PSB, o intento não foi aceito pelos colegas socialistas. Restou ao PT e ao PMDB lançarem candidaturas sem coligação. Já o PSB, neste ano, marcha junto com PRB e PSL, que nas eleições passadas faziam parte do chamado "blocão", formado por PSL, PRB, PHS e PMN. Esses dois últimos, neste ano, também disputam eleições sozinhos. Positivo O vereador Alípio Rodrigues, líder do PTN na Câmara, disse que o fim da aliança foi positivo para a sua candidatura, pois segundo ele, é preciso que haja o contraponto entre os poderes, para que esses invistam na cidade. O candidato afirmou que a cidade estava perdendo com a manutenção da aliança, principalmente, porque melhorias básicas para o Município não surgiam, a partir da união entre Governo do Estado e Prefeitura. Já a vereadora Eliana Gomes (PCdoB) também lamentou a dispersão dos partidos em algumas frentes, principalmente por conta da falta de parentesco com outros políticos ou apadrinhamentos. "Não é fácil fazer isso. Hoje estamos com chapa própria para vereadores e temos prefeito para disputar, mas não deixa de ser difícil uma reeleição de uma candidata popular, principalmente quando as pessoas têm candidaturas milionárias", declarou a parlamentar. Eliana Gomes ressalta, no entanto, que as coligações formadas são muito "pesadas" e que, no caso do PCdoB, seria muito difícil fazer algum parlamentar para a próxima Legislatura. Segundo ela, na maior parte das vezes, essas coligações fazem é prejudicar o pequeno partido. A parlamentar disse ainda que tem três carros de som para fazer sua campanha e que tem feito pinturas em muros com dificuldades, pois não possui dinheiro para pagas as pessoas donas das residências. "Não tenho condições de pagar, tenho 13 assessores e repasso também para a Executiva Municipal parte do meu salário como vereadora. Minha profissão não é essa. Se for julgada a pagar uma multa, por exemplo, vai ser muito difícil". Fracassado Salmito Filho (PSB) é outro que acredita que o fim da aliança tenha contribuído positivamente para sua candidatura, pois, para ele, o modelo de política pública adotado pela gestão municipal, diferente do que ocorre no Governo do Estado, é "fracassado, principalmente, em áreas essenciais, como a saúde, educação e mobilidade urbana". O socialista afirmou também que tem feito campanha corpo a corpo nos principais cruzamentos da cidade, e que seu partido tem o ajudado na disputa. O peemedebista, Marcus Teixeira, informou que, apesar do fim do bloco de aliança, seu trabalho parlamentar durante 16 anos é reconhecido pelas pessoas nas ruas, e isso tem contribuído em sua campanha. "Temos feito campanhas diuturnamente. Não é que o fim deste bloco ´aliancista´ prejudicou nossa candidatura à reeleição, porque nós temos um trabalho já consolidado", ressaltou. Petista se explica sobre indeferimento Único vereador candidato à reeleição com registro de candidatura indeferida, em Fortaleza, o líder do Governo Luizianne Lins, Ronivaldo Maia (PT), afirma que o titular da 114ª Zona Eleitoral, o juiz Mário Parente, equivocou-se em sua decisão. O petista afirma que está fazendo uma campanha que, além de pedir votos às pessoas, tem como propósito também tentar convencer que ele não é "Ficha Suja". De acordo com o parlamentar, o debate sobre a "Lei do Ficha Limpa" é "muito senso comum", pois, segundo disse, nem todos os que são julgados por esta legislação são, de fato, aqueles que prejudicaram o erário por má vontade. "Nunca tive receio sobre ter problemas com isso, se desviei ou não dinheiro. Portanto, não vou ser prejudicado por essa Lei. A nota de improbidade foi suspensa, e mesmo se tivesse aparecido, não seria dolosa", disse. Segundo ele, a campanha está sendo pautada para além do pedir votos, pois tem que explicar às pessoas que está disputando as eleições normalmente, mesmo tendo registro indeferido. "Eu teria mais problemas se não tivesse sido registrada. Mesmo entendendo que ele se equivocou, há o fato de eu ser líder da prefeita. Portanto, isso não é para atingir o vereador Ronivaldo, mas ao líder da prefeita. Mas isso não me impede de fazer campanha", afirmou. O petista segue fazendo campanha com pinturas em muros, uso de cinco carros de som e bandeiradas nos principais cruzamentos da cidade. "Não tenho falso moralismo de dizer que irei fazer campanha limpa, porque a legislação me permite fazer dessa forma", completou.
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