A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa decidiu, ontem, suspender as sessões plenárias até o dia do primeiro turno da eleição. Inicialmente, era prevista a participação do Colégio de Líderes da Casa, mas, de acordo com a assessoria da presidência, os parlamentares foram consultados por telefone. A não ser que a Mesa Diretora julgue necessário convocar sessão extraordinária, o Plenário 13 de Maio só volta a abrir em 9 de outubro.
O período eleitoral já havia reduzido as sessões a duas por semana, às terças e quartas-feiras. Mesmo assim, nas últimas semanas, a Casa acumulou histórico de sessões levantadas por falta de quórum. Desde o início da campanha, no dia 16 de agosto, só foram realizadas oito sessões ordinárias, com média de comparecimento de 53% dos 46 deputados da Assembleia.
Para o deputado Elmano de Freitas (PT), a decisão reflete necessidades próprias do processo democrático. "Nós estamos em uma Casa política, todos nós estamos envolvidos com política nacional, eleições para presidente, governador, deputados estaduais e federais. Nesse momento, é mais importante que o debate aconteça na sociedade, nas comunidades, que no Plenário da Assembleia", disse.
Já o deputado Roberto Mesquita (PROS) fez ressalvas ao acatar o "recesso". A decisão, segundo ele, foi acertada, diante do que chamou de "calamidade" no Legislativo. "Se os deputados estivessem indo, eu discordaria, mas as sessões têm sido frias, sofríveis, totalmente improdutivas", ressaltou. "É comum registrarem presença e se ausentarem para resolver demandas de gabinete ou compromissos de campanha", finalizou.