Com sessões cada vez mais esvaziadas na Assembleia Legislativa durante a campanha, a oposição tem aproveitado a tribuna para entoar críticas à gestão estadual, muitas vezes, sem contestação da base aliada. Ontem, inclusive, a votação de mensagens de interesse do governo foi adiada após pedido de vistas da oposição nas comissões técnicas. Ainda que o número de sessões tenha sido reduzido para dois dias na semana, poucos deputados comparecem aos trabalhos. Ontem, apenas cinco participaram das atividades plenárias.
A liderança do governo previa colocar em votação, hoje, duas mensagens da gestão, mas apenas uma deve ser votada. A matéria trata de autorização para contratação de empréstimo de até US$ 25 milhões, junto ao Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, para o financiamento do Projeto de Desenvolvimento Produtivo, Acesso à Água e de Capacidades para o Semiárido do Ceará - Projeto Paulo Freire Mais, destinado ao incentivo à produção e aumento de renda de famílias rurais.
Já a outra matéria, que trata de alteração na lei da subvenção econômica para as companhias aéreas que se instalarem no Aeroporto de Fortaleza, não deve ser votada hoje, como queria o governo, porque o deputado Roberto Mesquita (PROS) pediu vistas e tem até três dias para devolvê-la para apreciação nas comissões da Casa.
Na tribuna, o deputado contestou a tramitação das mensagens que, segundo ele, podem favorecer uma "compra de votos mascarada" em prol do governo. Audic Mota (PSB) e Joaquim Noronha (PRP), governistas em plenário, não contestaram o parlamentar. Diante do esvaziamento da Casa, a reunião da Mesa Diretora com o Colégio de Líderes da Assembleia, que estava marcada para hoje, por sua vez, foi adiada para a próxima semana. O encontro definirá o funcionamento do Legislativo a partir da próxima semana até o dia da eleição, 7 de outubro.