O Partido dos Trabalhadores no Ceará não descarta aliança formal com o MDB, de Eunício Oliveira, para a eleição proporcional de outubro. O presidente da legenda, Moisés Braz, afirmou que foi procurado pelo deputado estadual Danniel Oliveira, que é sobrinho do senador, para uma aproximação.
Questionado se havia veto a partidos que votaram pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o petista argumentou que o único veto é em relação a PSDB e DEM.
“Se para nós, o PT, as coligações fizerem com que a gente tenha um grande bloco que possa trabalhar na Assembleia, não vejo veto a qualquer partido, claro respeitando a resolução do PT”, admitiu.
Militando pela chapa pura ao legislativo, o PT se debruçou ontem sobre o assunto na reunião de pré-candidatos a deputados estaduais e federais. Ainda não há definição sobre as coligações, mas a maioria hoje é pela chapa pura. Posicionamento, no entanto, que pode ser revertido nos próximos dias pelo receio de correntes da sigla por “isolamento”.
Estiveram presentes no evento 31 pré-candidatos a deputados estaduais e 13 a deputados federais. Braz admitiu ainda que o partido conversa, além do MDB, com PV, PSB, PR e PCdoB. Os arranjos também estão sendo feitos com o PP. Hoje, porém, o entendimento do partido do governador Camilo Santana (PT) é pela chapa pura.
Os 400 mil votos recebidos pela legenda em 2014 elegeriam ao menos quatro deputados estaduais diretos. Na coligação com o então Pros, dos irmãos Ferreira Gomes, acabou elegendo apenas dois nomes da legenda.
Wagner Mendes