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Herança política deve manter influência de políticos tradicionais - QR Code Friendly
Quinta, 05 Julho 2018 04:48

Herança política deve manter influência de políticos tradicionais

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Com discurso de renovação na política, parte de lideranças já conhecidas do eleitorado cearense tenta manter a influência indicando familiares e cônjuges para cargos no legislativo cearense.       Ontem, na Assembleia Legislativa, a deputada estadual Mirian Sobreira (PDT) lançou a pré-candidatura do filho, o vice-prefeito de Iguatu, Marcos Sobreira (PDT), para uma vaga de deputado estadual. A mãe, que foi secretária no governo Camilo Santana (PT), não vai disputar reeleição.       Mesmo herdando o capital político familiar, Marcos vai adotar discurso de “renovação” na política cearense. Em entrevista ao O POVO, ele diz que dará continuidade ao “trabalho” da família, mas defendeu que fazer política não é “só vínculo” familiar, e sim “talento” e “disposição”. “Pude provar (essas qualidades) como vice-prefeito de Iguatu. Não me acomodei sendo um mero espectador”, argumentou. [FOTO2]   Em Caucaia, o prefeito Naumi Amorim (PMB) lançou a esposa, Érika Amorim (PSD), pré-candidata a uma vaga na Assembleia Legislativa. Érika chegou a assumir a secretaria de Governo e Articulação Política do marido. Ao O POVO, disse que vai ser uma representante do eleitor no legislativo de uma forma diferente da tradicional.       “Existem diversos anseios da população, mas principalmente que (o candidato) seja alguém em consonância com o povo e não atrelado a interesses de partidos, conchavos políticos, porque isso desgasta e acaba deixando de representar o povo”, concluiu a pré-candidata. Questionada sobre qual a participação que o prefeito de Caucaia teria no mandato, Érika preferiu responder que trabalharia por todos os municípios do Ceará.       Se lançando pré-candidato a deputado federal, AJ Albuquerque (PP), o filho do presidente da AL-CE, Zezinho Albuquerque (PDT), argumenta que “o protagonismo de novas ideias ganhará mais espaço neste novo momento” da política brasileira. “O que considero é a vocação para a vida pública, que me faz acreditar na renovação política, com uma oxigenação necessária ao legislativo”, afirmou.       Também questionado sobre a influência que o pai terá em um provável mandato, o pré-candidato tentou buscar independência política. “O deputado Zezinho Albuquerque é um parlamentar estadual. Se eleito, eu estarei na Câmara Federal. São mandatos diferentes”, respondeu.       A prática política de eleger familiares para cargos públicos segue com as pré-candidaturas de Mosiah Torgan (DEM), filho do vice-prefeito de Fortaleza, Moroni Torgan (DEM), e da Lia Ferreira Gomes (PDT), irmã dos ex-governadores Cid e Ciro Gomes (PDT). Ambos tentarão vaga na Assembleia Legislativa.       AL-CE   A prática de filhos assumindo os mandatos por influência dos pais não é nova no processo eleitoral cearense. Na Assembleia Legislativa, Bruno Pedrosa (PP) e Fernanda Pessoa (PSDB) seguem esse script.       CÂMARA   Em Fortaleza, o caso mais conhecido da atual legislatura é do vereador Iraguassu Filho (PDT).O pai não disputou reeleição e conseguiu eleger o filho em 2016.       WAGNER MENDES
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