A necessidade de uma reestruturação da Superintendência de Meio Ambiente do Estado do Ceará (Semace) foi apontada na última reunião do Pacto pelo Pecém, realizada ontem. O tema foi levado por todos os representantes das empresas instaladas no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) e infere, principalmente, na análise feita pelos técnicos do órgão estadual.
"A estrutura da Semace atende ao padrão existente hoje, mas o Estado está se dinamizando, estão chegando setores e indústrias para o Ceará que não tinham antes. É normal que o órgão se realinhe, se reestruture e, na prática, é isso que estamos demandando", defendeu o gerente de sustentabilidade da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), Marcelo Baltazar.
Ele foi acompanhado ainda do diretor-presidente da Siderúrgica Latino America (Silat), Luiz Eduardo Moraes, o qual observou: "se a equipe da Semace ainda não está preparada para isso (futuros procedimentos de análise técnico-ambiental), consequentemente, torna-se uma preocupação".
Os protestos foram acompanhados ainda por representantes da Companhia Energética do Ceará (Coelce), Termo Ceará, Cimentos Apodi, Votorantim Cimentos e Wobben Windpower.
Consenso
A necessidade de uma capacitação que aborde temas atuais e mais modernos do âmbito ambiental e também o aumento do número de funcionários para prover agilidade nas análises realizadas pelo órgão foram as ideias consensuais do grupo.
Moderação
Responsáveis pela articulação do Pacto pelo Pecém, os representantes do Conselho de Altos Estudos da Assembleia Legislativa do Ceará, ponderaram as observações e ressaltaram que o espaço tem proposta de não só criticar, mas também construir.
A ideia, segundo defenderam, é levar não só demandas para a Semace ou mesmo o governo do Estado e, sim, propostas de execução e melhoria da atuação do órgão.
Na agenda do grupo ainda estão mais três encontros, os quais acontecerão na próxima semana com entidades representativas de setor "e mais uma com entidades com papel de conselho, como a OAB". (AOL)