A capital na qual os candidatos preveem gasto máximo é São Paulo, que tem o maior números de postulantes
Brasília/Fortaleza Os 192 candidatos que disputam o comando das prefeituras de 26 capitais brasileiras preveem, juntos, gasto de até R$ 1,254 bilhão nas campanhas eleitorais deste ano. A cifra foi levantada com base nos dados entregues pelos candidatos à Justiça Eleitoral.
Os valores são uma estimativa do limite de gasto máximo para a campanha e podem ou não ser efetivamente empenhados. Pela lei, gastar recursos além do valor máximo pode resultar em multa. Uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permite a ampliação do limite durante a campanha "mediante solicitação justificada" com a autorização da Justiça Eleitoral.
Pela legislação atual (artigo 20 da Lei das Eleições), a verba destinada para as campanhas é oriunda tanto de recursos privados - por meio de doações, por exemplo - quanto de recursos públicos - por meio do Fundo Partidário.
ComparativoO montante de R$ 1,2 bilhão equivale ao orçamento do Brasil Carinhoso em 2012. O programa, lançado pela presidente Dilma Rousseff no último Dia das Mães, prevê ampliação do Bolsa Família para quem tiver filhos de até seis anos de idade.
O Tribunal Superior Eleitoral disponibilizou o site sobre dados dos candidatos de todo o País no começo de julho e informou que até ontem o lançamento das informações sobre as candidaturas em todas as cidades seria concluído.
A capital na qual os candidatos preveem maior gasto é São Paulo, que tem, por sua vez, o maior números de pleiteantes à prefeitura. São 12 candidatos que projetam gastar, juntos, R$ 341,5 milhões.
Considerando o maior gasto previsto por candidato, José Serra (PSDB-SP) é o que prevê empenhar a maior quantia na campanha eleitoral entre todos os candidatos das capitais - R$ 98 milhões. Em segundo lugar no ranking nacional de maiores gastos aparece seu adversário na capital paulista, Fernando Haddad (PT), que prevê R$ 90 milhões em gastos.
Maiores gastosOutros três candidatos à Prefeitura de São Paulo aparecem entre os 10 que preveem maiores gastos para as eleições de outubro: Gabriel Chalita (PMDB) com R$ 70 milhões; Celso Russomanno (PRB) com R$ 30 milhões; e Miguel (PPL) com R$ 25 milhões.
A segunda capital com maior teto de gasto previsto para a campanha eleitoral é Belo Horizonte - com R$ 80,7 milhões, dos quais R$ 35 milhões representam apenas um candidato, o atual prefeito e pleiteante à reeleição Márcio Lacerda (PSB).
Capital cearenseFortaleza aparece em 5º lugar, segundo o TSE. Na capital cearense, os candidatos deverão injetar, juntos, oficialmente, R$ 59,7 milhões na disputa eleitoral deste ano.
O PSDB fixou o maior valor para os gastos de campanha. O partido poderá investir até R$ 17 milhões para tentar eleger Marcos Cals. O segundo candidato com maior limite de gastos é Roberto Cláudio (PSB), que conta com o apoio do governador Cid Gomes. Ele estima investir até R$ 14 milhões na sua campanha eleitoral.
Em terceiro lugar, está o candidato do PT, Elmano de Freitas. Com o apoio da prefeita Luizianne Lins, ele estima gastar R$ 11,5 milhões. A campanha mais barata é a de Francisco Gonzaga (PSTU), que deve investir até R$ 70 mil na sua candidatura.