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Cúpulas centralizam definições para 2018 - QR Code Friendly
Segunda, 18 Dezembro 2017 04:04

Cúpulas centralizam definições para 2018

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A menos de um ano para as eleições de 2018, partidos políticos no Ceará têm apostado na realização de encontros regionais para atrair filiados e sondar candidaturas para o ano que vem. Apesar de pregarem democracia interna, em alguns casos, porém, o poder de decisão sobre os rumos do pleito está concentrado em pequenas cúpulas, que, em diálogos reservados apenas a poucos nomes, já traçam estratégias e ensaiam a definição de alianças sem consultar diretamente a totalidade das agremiações. Dirigentes de partidos da base de sustentação ao governo de Camilo Santana (PT) e também da oposição, contudo, apontam que, apesar da influência que determinadas lideranças têm nas siglas, as decisões para a disputa serão tomadas em conjunto, levando em conta o pensamento majoritário dos filiados.   Nas últimas semanas, conversas restritas a lideranças partidárias têm ganhado espaço no noticiário político e apontado possíveis movimentações de governistas e oposicionistas de olho no pleito de 2018. Do lado governista, aproximações públicas entre Camilo Santana e o senador Eunício Oliveira (PMDB) em eventos do governo alimentam especulações sobre possível aliança eleitoral. Na oposição, líderes do PR, do PSD, do Solidariedade e do PSDB estiveram reunidos, no dia 16 de novembro, em jantar no apartamento da deputada Fernanda Pessoa (PR) para a definição de estratégias eleitorais. Desde então, outros diálogos têm apontado a movimentações no grupo oposicionista.   Isso porque, no encontro de novembro, eles definiram três nomes nos quais o bloco deve apostar para as eleições do ano que vem. O senador Tasso Jereissati (PSDB), o deputado estadual Capitão Wagner (PR) e o conselheiro em disponibilidade do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Domingos Filho, são os cotados. Desta lista devem sair o candidato a governador e o postulante a uma vaga no Senado em 2018. Movimentações semelhantes também ocorrem entre partidos da base aliada do governo, cujos líderes têm discutido a formação das chapas proporcionais e até mesmo uma eventual aliança estadual do bloco governista com o PMDB do senador Eunício Oliveira.   Concentração   Dirigentes, contudo, negam que tais negociações sejam reflexo de uma concentração de poder das cúpulas partidárias e afetem a democracia interna nas agremiações. Presidente estadual do PR, o ex-governador Lúcio Alcântara, por exemplo, reconhece que, no partido, diálogos eleitorais têm sido centralizados em detentores de mandatos, sejam prefeitos ou parlamentares, e "algumas lideranças mais expressivas", como o vice-presidente de Maracanaú, Roberto Pessoa, sem a promoção de "reuniões institucionais" sobre a disputa eleitoral. Segundo ele, porém, as conversas restritas a poucos, "na convivência, na troca de ideias", não prejudicam a democracia interna da sigla no que diz respeito às definições eleitorais da legenda no Ceará.   "Quem discordar pode manifestar sua opinião, ter outra ideia, outra opinião. Nós não estamos impondo nada. Essas lideranças, como o próprio nome diz, têm o dever, a obrigação de liderar, e essa coisa vai acontecendo naturalmente. Ninguém pode forçar decisões de um partido, porque ele termina com dissidências, com discrepância, e a gente vai procurando conduzir dessa forma", argumenta.   Lúcio Alcântara foi convidado, mas não esteve no jantar da oposição oferecido por Fernanda Pessoa. Apesar disso, ele ressalta que, dentre os nomes colocados no encontro, não há preferências do bloco, mas possibilidades. "Tem que ser avaliada, no âmbito dos partidos que fazem a coligação, a receptividade do nome, qual consegue empolgar mais", considera o dirigente.   Além disso, ainda que no PR, assim como em outros partidos, o poder de decisão esteja restrito a poucos nomes, o presidente da sigla no Ceará sustenta que é preocupação do grêmio a formação de novas lideranças. "Basta que você veja o seguinte: qual é a maior nova liderança da política do Ceará? Capitão Wagner. De onde ele vem? Do PR. Nós somos um partido aberto. Veja, na Câmara Municipal, na bancada do PR todos são vereadores de primeiro mandato. Estamos abertos, receptivos, até porque o PR, nos últimos anos, tem se colocado como um polo de oposição", afirma o ex-governador.   Na semana passada, aliás, Lúcio Alcântara teve encontro, na Assembleia Legislativa, com o deputado estadual Capitão Wagner, a quem foi oferecido o comando da legenda no Ceará para que não deixe os quadros do PR. O parlamentar, que também dialoga com lideranças do PROS, afirmou ao Diário do Nordeste que aceitaria a oferta, contanto que tenha, de fato, o controle da agremiação no Estado, e não sirva como dirigente apenas "no papel".   Tucanos   No PSDB, embora Francini Guedes tenha assumido a presidência estadual do partido em convenção realizada no último mês de outubro, o discurso de renovação que sustentou a composição da nova direção está lado a lado com a influência central do senador Tasso Jereissati nas decisões da sigla, o que é consenso entre tucanos do Ceará.   Tendo realizado já uma primeira reunião do diretório estadual para tratar da formação de alianças e de candidaturas tucanas para o ano que vem, Guedes ressalta, contudo, que não tem estilo de tomar decisões sozinho na legenda. "A decisão (de coligação) não pertence a mim, pertence ao partido, que é composto por várias pessoas. Se você pegar o diretório, nós vamos discutir com a juventude, com as mulheres, com os diretórios do Interior", aponta.   Segundo o presidente estadual do PSDB, um grupo técnico trabalha na sigla para a construção de um trabalho que possa ser apresentado na campanha à população. O poder de decisão do senador Tasso Jereissati, conforme ressalta, é "forte" no partido, mas não afeta a participação de outros filiados nas decisões do grêmio. "Ele foi governador por muito tempo, é senador da República, tem o passado limpo, correto, mas nós vamos discutir com ele e com mais pessoas", coloca. Sobre a gestão à frente do diretório cearense do PSDB, Francini Guedes reafirma a intenção de liderar em conjunto. "Eu sempre disse que o PSDB não sou eu, somos nós", sustenta o dirigente tucano.   Sair da sigla   O PSD, por sua vez, é comandado no Ceará pelo deputado federal Domingos Neto, mas o pai dele, Domingos Filho, e a mãe, a ex-prefeita de Tauá, Patrícia Aguiar, dividem a influência estadual da agremiação em família. O perfil do grupo político, entretanto, de acordo com o parlamentar, é "de muito diálogo". "Nosso partido, diferente do que possa parecer, tem um grupo muito coeso. No PSD, quem não se identifica com o partido teve a oportunidade de sair. Perdemos alguns quadros que já saíram ou anunciaram que sairão do partido em 2018. Outros, que estavam em outro partido, se identificam com o nosso projeto e se filiaram ao PSD", pondera.   Com a pretensão de que a sigla consiga chegar a dois ou três deputados federais cearenses em 2019, o dirigente também ressalta que, na formação das chapas proporcionais, os parlamentares do partido terão "voz marcante" sobre o desejo de construir coligação ou não.   Novos nomes   Em ritmo semelhante, o presidente do PCdoB no Ceará, Luiz Carlos Paes, destaca que a legenda tem buscado consolidar pré-candidaturas novas em municípios do Interior do Estado, já que pretende eleger três nomes para a Assembleia Legislativa e dois para a Câmara dos Deputados em 2018. O partido, no entanto, também tenta oferecer às lideranças do bloco governista a pré-candidatura da deputada estadual Augusta Brito ao Senado. A composição da chapa, contudo, depende não só da pré-candidatura do ex-governador Cid Gomes (PDT), mas também de uma outra vaga que é reivindicada pelo PT, que hoje ocupa uma das cadeiras do Ceará no Senado, com José Pimentel, e pode ser novamente ocupada pelo PMDB, com Eunício Oliveira.   Ao tratar das especulações sobre aliança com o PMDB de Eunício, o presidente estadual do PT, Francisco de Assis, por sua vez, tem afirmado que, até agora, "nós não estamos discutindo diálogo com absolutamente ninguém". Embora aponte a presença de lideranças importantes na sigla, ele ressalta que o momento é de "mobilizar a nossa base social e construir com a nossa base social uma relação".   "Dizer hoje que há qualquer perspectiva de acordo ou não é precipitado. Nós vamos estar mobilizando a nossa base, é com esta base social que nós queremos construir o palanque do Camilo e do Lula", defende o petista. Ele diz, porém, que a estratégia do partido é "produzir uma aliança com todos aqueles que querem revogar as medidas" adotadas pelo Governo Temer.
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