A parlamentar apontou a trajetória de luta de Cineide, assistente social que iniciou a militância na década de 1980 e, desde essa época, esteve presente na defesa dos direitos dos trabalhadores, das mulheres, pela democracia e pela efetivação dos direitos básicos das pessoas.

A deputada Rachel Marques ressaltou a importância de reconhecer todas as pessoas que lutam pelos direitos humanos no Ceará por meio do prêmio que leva o nome de Frei Tito, um ícone de luta pelos direitos humanos, pela democracia e pela dignidade humana.O Prêmio Frei Tito de Alencar Direitos Humanos foi instituído em 2001 e homenageia pessoas e instituições que buscam o respeito e efetivação dos direitos humanos.

Cineide de Alencar lembrou o momento de ameaça e retrocessos das conquistas da população ao longo dos anos, como a redemocratização, os direitos trabalhistas, o acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS). “São direitos ameaçados e que já foram votados por esse Congresso extremamente conservador com deputados que representam interesses privados”, criticou.

A homenageada apontou ainda as perseguições e criminalizações sofridas pelos movimentos sociais. “Dedicamos este momento a nossa luta, a todas as pessoas que morreram pela dignidade humana”, afirmou ao ressaltar o  significado de ter um prêmio que leva o nome de Frei Tito de Alencar. Cineide ressaltou a importância da luta por moradia. “É uma luta digna, justa, humana”, comentou.

Maria Luiza Fontenele, ex-prefeita de Fortaleza e ex-deputada estadual, ressaltou a importância de Cineide para a luta dos direitos humanos e para que as mulheres ocupassem mais espaços na sociedade. “A luta é pela solidariedade, amor, partilha, liberdade. Lutamos sem fronteiras e Cineide sempre teve essa característica”, afirmou. Maria Luiza avaliou ainda que “não é a luta de classes que vai resolver os problemas do mundo, mas a derrubada desse sistema capitalista que está levando as pessoas à barbárie”.

Participaram da solenidade Beatriz Xavier, presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos; Dimitri Cruz, coordenador Especial de Direitos Humanos do Governo do Estado; Maria de Jesus dos Santos, dirigente estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

Também estiveram presentes Lúcia Alencar, representando a família de Frei Tito; Joyce Ramos, membro da direção estadual da Consulta Popular; Antônia Erivânia da Costa, membro da direção estadual e nacional dos Movimentos dos Trabalhadores e Trabalhadoras por Direitos (MTD), e Fernanda Cunha Cabral, representante Levante Popular da Juventude.

SA/GS