O presidente Michel Temer patrocina um retrocesso histórico inédito no tecido social brasileiro. Estrangula o orçamento público imobilizando-o por vinte anos, comprometendo essencialmente os setores mais essenciais de nossa vida: saúde e educação. Também os setores da reforma agrária e da agricultura familiar foram praticamente dizimados em termos de recursos alocados no orçamento do próximo ano.
Fez desaparecer quase todo o patrimônio em que se constitui o Direito do Trabalho com as leis da terceirização sem limites e da reforma trabalhista sem direito dos trabalhadores.
Temer procedeu à revisão cruel de benefícios do BCP, fez perícias e perícias sobre as mais baixas aposentadorias do INSS e encurtou o número de beneficiados do Programa Bolsa Família.
O mesmo impostor ainda insiste em manipular um Congresso decadente para extirpar, por fim, o mínimo de direitos de seguridade social ainda mantidos na Constituição.
Teve de recuar no avanço de parte da Amazônia que oferecia aos grandes grupos de mineração.
Agora, edita uma portaria – ao gosto dos ruralistas – em que, na prática, coonesta com o trabalho escravo na medida em que desprotege estrutural e conceitualmente o combate a esta prática medieval que regredira e, agora, é fortalecida.
Convivemos com um autista político? Não. Trata-se de um venal que vai queimando o patrimônio público de nosso País para deleite de uma elite ainda embevecida com o golpe e, contando, claro, com a cumplicidade de setores da mídia.
Nossa resistência não pode diminuir. Parcelas grandes da sociedade já compreenderam que o golpe foi contra a promessa de um estado de bem estar social, contra as políticas públicas, contra a democratização do orçamento e contra a construção de um espaço democrático e de paz como fruto da implementação de políticas com teor de justiça.
O governo de plantão não tem projeto que não sejam o de retirar os direitos sociais e trabalhistas grafados na Constituição de 88. É de uma coerência implacável : audita e persegue os pobres e alivia o andar de cima. Tudo tudo mesmo pela manutenção do poder!
As portas que se fecharam nós as reabriremos em breve. E haverá de ser uma abertura feita a muitas mãos, mentes e corações. Resistir, resistir e propor um novo projeto para o País – é o que espera o povo brasileiro enquanto recarrega suas baterias para novas lutas que se fazem mais do que necessárias.
Elmano de Freitas
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Deputado estadual (PT-CE)