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Deputados justificam poucas reuniões - QR Code Friendly
Quarta, 27 Setembro 2017 04:42

Deputados justificam poucas reuniões

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A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa comunicou aos líderes de blocos e bancadas na Casa sobre as mudanças que devem ocorrer nas comissões técnicas. Geralmente, quando das escolhas para as presidências dos colegiados há uma intensa disputa entre membros do Legislativo Estadual, mas com o passar do tempo tais grupos são abandonados.   Deputados entrevistados pelo Diário do Nordeste disseram que isso acontece porque as escolhas feitas não levam em consideração a aptidão dos parlamentares para determinado tema. Outros justificam que, muitas das vezes, não há matérias para serem deliberadas o que acaba por reduzir os trabalhos feitos nos colegiados. No entanto, há quem defenda que as comissões sejam utilizadas para além da mera deliberação de projetos.   O deputado Julinho (PDT) afirmou que quando presidente da comissão de Juventude, na Legislatura passada, teve dificuldades para trabalhar uma vez que os projetos tratando sobre o tema eram escassos. Ele ressaltou, porém, que em outras há, sim, falta de interesse dos membros efetivos para dar o quórum necessário de discussão.   Na nova composição dos colegiados, ele defendeu que os deputados que forem indicados tenham interesse e façam com que os colegiados prestem os serviços que a sociedade necessita. Capitão Wagner (PR) disse que para evitar ausências nos colegiados o ideal seria designar presidentes conforme a aptidão que cada um tem. "Dessa forma o presidente iria cobrar participação maior", defendeu.   Ele ressaltou, por exemplo, caso da Comissão de Defesa Social, que segundo disse, necessita ser pautada visto que a ausência de reuniões acabam por prejudicar a imagem do Legislativo Estadual. "Muitas comissões precisam ser reorganizadas, e se o presidente pensar que para o bem da Casa deve colocar cada um com aptidão, quem ganha é o Legislativo", destacou.   Presidente da Mesa Diretora, o deputado Zezinho Albuquerque (PDT) afirmou que vai passar para as lideranças as definições sobre o que ficou decidido para que os deputados indiquem os nomes para os devidos colegiados. Segundo ele, a mudança só vai ocorrer porque a presidência foi provocada por lideranças partidárias. A alteração, porém, pode ficar somente para o próximo ano, uma vez que faltam menos de 90 dias para o fim do ano.   Demora   Albuquerque ressaltou ainda que não vai "patrulhar deputados", quanto às atividades nas comissões técnicas, visto que os presidentes dos colegiados têm ciência do dever de reunir e discutir as matérias que chegam à Casa. "Algumas vezes eles fazem reunião e não se discute porque não aparecem projetos e as comissões ficam paradas, aguardando novas matérias", justificou o pedetista.   O deputado Moisés Braz (PT) preside a comissão de Agropecuária e afirmou que com a nova redistribuição dos nomes nas presidências espera se manter no comando do colegiado. Segundo ele, quando da escolha dos nomes para dirigir os grupos há muita disputa, e logo em seguida, "as comissões passam a andar a passos lentos". O petista também apontou que há demora para recebimento de algumas matérias e isso já fez com que sua comissão passasse até um mês sem realizar encontros.   Diligências   O socialista Renato Roseno (PSOL) defendeu que os presidentes têm que assumir a função de liderar os processos de mobilização dos colegiados, visto que há demandas do Legislativo, mas também da sociedade. "Eles podem discutir temas estratégicos, através de seminários, audiências públicas e diligências. Aqui se utiliza pouco as diligências in loco, o que é comum, por exemplo, na Câmara Federal", destacou o parlamentar.   O deputado Manoel Santana (PT), por sua vez, ressaltou que atua como uma espécie de "coringa" e estaria presente em quase todas as comissões. Segundo ele, sua participação se dá na ausência de algum membro efetivo. "Para se evitar que as comissões sejam subaproveitadas é só aplicar o Regimento. Se faltar além da conta, o líder pode atuar substituindo o membro", disse
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