A fala de André Costa foi pautada por um tom pacificador e pelo argumento de que "não conduz Segurança Pública por meio de partidarismos"
( Foto: José Leomar )
Durante visita à Assembleia Legislativa do Ceará, ontem, para debater o problema da violência no Estado, o secretário de Segurança Pública, André Costa, respondeu às reclamações frequentes feitas por deputados da oposição sobre número insuficiente de viaturas no Interior, falta de planejamento da Pasta para prevenir crimes e sobre a crescente curva de homicídios deste ano. Com um tom pacificador e sob o argumento de que "não conduz Segurança Pública por meio de partidarismos", Costa apresentou dados do trabalho que vem desenvolvendo e respondeu a perguntas de 16 parlamentares.
O titular da Secretaria de Segurança Pública estadual (SSPDS) iniciou sua explanação reforçando a confiança que tem na tropa e que, desde que assumiu o comando da Pasta, em janeiro passado, trabalha pela "valorização dos profissionais". O primeiro ponto a ser tocado por Costa foi o crescimento dos CVLIs (Crimes Violentos Letais Intencionais) - homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de mortes - em mais de 41% no acumulado de janeiro a agosto deste ano, se comparado com igual período de 2016.
Apesar do quadro preocupante, o secretário rebateu comparações feitas por alguns deputados em relação à situação da violência em outros estados. "É complicado comparar os números. Na Região Nordeste, cada Estado tem uma forma diferente de contabilizar o número de crimes".
Redução
André Costa enfatizou a queda de 20,41% no número de ataques contra instituições financeiras neste ano, em comparação com 2016. Destacou também as operações realizadas pela Secretaria, em parceria com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado (Sindiônibus) e a Prefeitura de Fortaleza, dentro de transportes coletivos na Capital e Região Metropolitana para evitar roubos.
Além disso, o secretário mostrou aos parlamentares que houve um crescimento no número de apreensão de armas de fogo (25,9%), entorpecentes (184%) e de prisões e apreensões em flagrante (14,7%) ao longo deste ano. Segundo Costa, um de seus objetivos a frente da Pasta é dar qualificação às prisões. "Por isso um foco muito grande em prender homicidas, latrocidas, traficantes de drogas e pessoas suspeitas de roubo".