O deputado Osmar Baquit comunicou ao plenário da Assembleia Legislativa, ontem, a decisão da Justiça de Brasília, suspendendo o ato de sua expulsão do PSD, por infidelidade partidária, segundo a informação do partido, após ele ter votado a favor da extinção do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
Baquit, após ter anunciado a decisão da Justiça do Distrito Federal, comunicou que vai se desfiliar do PSD até a próxima semana, alegando perseguição por parte da legenda. Ele informou ao Diário do Nordeste que está conversando com representantes de algumas legendas, mas a possibilidade de ingressar no Partido Democrático Trabalhista (PDT) é a mais viável, visto sua proximidade com o grupo liderado por Cid e Ciro Gomes, ambos membros da legenda.
"O partido (PSD) em Brasília me expulsou sumariamente. Essa decisão veio para cá e eu consegui suspender com liminar, mas a juíza disse que o fórum para tal seria em Brasília. Foi para lá e o juiz suspendeu todos os efeitos de minha expulsão. Ou seja, a Justiça está sendo feita, mas o partido segue me perseguindo", reclamou Baquit.
Ele foi o relator da emenda constitucional que extinguiu o TCM, presidido na ocasião pelo conselheiro, hoje em disponibilidade, Domingos Filho, pai do presidente estadual do PSD, deputado federal Domingos Neto. Antes, Baquit já havia brigado com o partido ao deixar de apoiar a candidatura do deputado Sérgio Aguiar (PDT) à presidência da Assembleia, de interesse do PSD, para votar em Zezinho Albuquerque.
Com ele, nos dois momentos, se aliou o deputado estadual Gony Arruda, também filiado ao PSD, que também vai sair da agremiação e se filiar a um partido ligado ao Governo. Ao falar da notificação do partido sobre o seu processo de expulsão, Gony afirmou que ainda iria conversar com seu advogado para saber como iria se comportar no caso. Sempre evasivo, ele não adianta seus entendimentos para ingressar em outra legenda.