Secretário-geral do PP no Ceará, Paulo Henrique Lustosa, frisa que as estratégias do partido para 2018 dependerão de mudanças na legislação
( Foto: Fabiane de Paula )
Independentemente das mudanças que possam ocorrer com a aprovação da Reforma Política em discussão no Congresso Nacional, partidos políticos no Ceará buscam unidade interna para se viabilizarem para o pleito de 2018. Muitas agremiações, porém, deixaram somente para outubro próximo deliberações para as eleições, a partir de eventos como congressos, seminários, encontros e convenções.
Secretário-geral do Partido Progressista (PP) no Estado, o deputado federal Paulo Henrique Lustosa afirmou ao Diário do Nordeste que, além da questão em aberto sobre a Reforma Política, a sigla também teve que enfrentar problemas internos, visto que a disputa pela condução da legenda está sub judice. "Estamos trabalhando no sentido de fortalecer o partido. Como há todo esse questionamento sobre as repercussões da Reforma, nossa estratégia vai depender de como ela ficará".
De acordo com Lustosa, a ideia é promover discussões em seminários, a partir de outubro, visto que a Reforma Política influenciará a estratégia a ser adotada pelo partido. "Se o sistema proporcional e a proibição de coligações forem mantidos, tenderemos a ampliar o número de candidatos para garantir vagas. Mas se a Câmara resolver aprovar o 'distritão', a estratégia será outra, porque não vai fazer sentido apresentar 50 nomes. Será melhor apresentar uns três".
Os encontros do PP acontecerão nos municípios onde o partido elegeu prefeitos em 2016. Ele ressaltou ainda que a legenda está se organizando administrativamente, visto que, nas últimas eleições, problemas burocráticos, como contas a pagar, foram ampliados.
Maior agremiação do Estado, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) também programa a realização de sua convenção partidária para 7 de outubro, mas neste fim de semana vai realizar encontro regional na região do Sertão de Crateús. O grêmio faz reuniões desde março.
De acordo com o deputado estadual Sérgio Aguiar (PDT), os objetivos da legenda são o fortalecimento do nome de Ciro Gomes para a disputa pela Presidência da República e o apoio à reeleição de Camilo Santana (PT). No entanto, a sigla pedetista quer ainda participar da chapa majoritária que seria encabeçada pelo governador. "Temos posição clara de oposição ao Governo que está aí e, no Ceará, apoio ao Camilo Santana. Ele faz parte desse movimento que pretende também fortalecer as bancadas, quer em nível estadual, quer em nível federal", disse.
O petista Elmano de Freitas afirmou que, na próxima segunda-feira (18), o partido realizará um seminário na Fundação Perseu Abramo para a apresentação de um programa de governo para disputa presidencial. Ele ressaltou, ainda, que está concluindo um estudo de balanço do Governo Camilo, com intuito de sugerir contribuições a eventual programa de governo para a candidatura do governador à reeleição. "Também teremos reunião das bancadas com a presidência para discutir o balanço da caravana do Lula, bem como a atual conjuntura e eleições 2018".
Oposição
O PMDB já discute o pleito do próximo ano há algum tempo e isso tem sido feito nos encontros regionais da legenda, alguns dos quais são realizados em parceria com PR, PSDB, SD, PSD e PMB, siglas aliadas da legenda peemedebista. Segundo o deputado Leonardo Araújo, os próximos eventos do partido serão realizados ainda em setembro, outubro e novembro, provavelmente em Quixadá e região dos Inhamuns.
Presidente do PR em Fortaleza, o deputado Capitão Wagner afirmou que o grêmio tem se reunido periodicamente desde o término das eleições do ano passado. O mais recente encontro, marcado para a última segunda-feira (11), foi adiado para outubro. Já o PCdoB realiza conferências em todos os municípios do Estado, visto que, no próximo mês, haverá encontro estadual do partido para deliberar sobre pautas da conferência nacional, marcada para novembro.