A direção do PMDB cearense resolveu tornar sem efeito o processo de expulsão de três deputados da legenda com mandato na Assembleia Legislativa: Agenor Neto, Audic Mota e Silvana Oliveira. Eles foram informados da decisão pelo deputado Danniel Oliveira, na última quarta-feira.
Os três deputados eram acusados de infidelidade partidária, por terem votado a favor da extinção do Tribunal de Contas dos Municípios, contra a orientação do partido. Apesar da decisão, a sigla segue rachada no Legislativo Estadual, e na maior bancada de oposição na Casa, atualmente, segue com apenas dois parlamentares.
Dos dois, Leonardo Pinheiro está ameaçado de voltar à condição de suplente, por conta de uma decisão do Supremo Tribunal Federal que motiva a recontagem dos votos do pleito de 2014, fazendo com que a vaga de Leonardo passe para um aliado do governador Camilo Santana. O partido, porém, pode ficar com apenas Danniel Oliveira na Assembleia. Os três que estavam ameaçados de expulsão já estão comprometidos com o Governo de Camilo Santana.
Ontem, oficialmente, depois de terem sido informados da decisão, os três deputados receberam uma nota dando conta que o Conselho de Ética do partido decidiu que a notificação feita no dia 17 de agosto passado (dando prazo para eles se explicarem no processo de expulsão) está sem efeito, visto compromissos dos membros do colegiado na data em que seria realizada a audiência, em razão da ausência de integrantes do Conselho, que "por motivos de viagem e saúde, não poderão comparecer à audiência marcada para o dia 11 de setembro de 2017" próximo, quando o processo seria julgado.