A visita do ex-presidente Lula a municípios cearenses nesta semana foi repercutida ontem na Assembleia Legislativa pela deputada Rachel Marques (PT). Ressaltando matérias de jornais que narraram a passagem do líder petista pelo Ceará, a parlamentar disse que a caravana "causou impacto" por onde passou entre terça-feira (29) e ontem (31). "Sou lulista, mas a receptividade, a liderança de Lula mostrada nessa caravana muito me impressionou", afirmou.
Rachel relatou ter acompanhado "boa parte" do percurso e ter ficado "impressionada" com a receptividade do povo a Lula. Isso, de acordo com ela, vem ocorrendo em todo o Nordeste, região por onde o ex-presidente iniciou a caravana que pretende passar por todo o País.
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"Por onde (o ônibus) passava o povo corria, outros previam o horário de quando ia passar e já aguardavam na estrada", contou. "Em vários locais, onde não estava programado nenhum ato, o povo saiu às ruas, nas estradas e esperava a passagem da caravana. Quando avistavam o ônibus, corriam para cima".
Segundo a petista, a resposta das pessoas mostrou a dimensão da liderança "popular e forte" de Lula, que, de acordo com ela, vem do significado de seus governos ao povo mais pobre do País. "É esse governo de transformação que tira 40 milhões da pobreza, que faz o País desenvolver buscando a igualdade social, possibilitando mais renda para a população mais pobre. É isso tudo o que o povo tem na memória".
Para Rachel Marques, o governo do presidente Michel Temer (PMDB), hoje, demonstra o oposto. "Retira direitos, retrocede em direitos já conquistados pelo povo trabalhador".
Em apartes, os deputados Osmar Baquit (PSD) e Elmano Freitas (PT) reforçaram o pronunciamento da petista. Elmano ressaltou as paradas não programadas da caravana que, segundo ele, demonstravam o carinho do povo por Lula. Baquit criticou que, ao contrário da imprensa local, a grande mídia nacional não teria feito a cobertura com isenção. "Ninguém contesta quando diz quantas escolas profissionalizantes, institutos federais e universidades foram criados em outros governos e no governo dele. Isso ninguém contesta", afirmou.