Os três deputados estaduais peemedebistas Agenor Neto, Audic Mota e Silvana são alvos de processo no partido por terem votado favoravelmente à extinção do Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará (TCM).
Enquanto o presidente interino da sigla, Gaudêncio Lucena, alega que eles desobedeceram fechamento de questão da Executiva Estadual da legenda, eles argumentam que não concordaram com a decisão.
A estratégia deles será dizer que, como maioria da bancada, não concordaram com a decisão de apoiar o Tribunal. “Nesses mais de 20 anos de PMDB, eu só fui à reunião da Executiva uma vez e eu não conhecia a maioria dos membros. Como essas pessoas podem decidir por mim?”, argumenta Silvana.
A deputada faz referência a um ponto do estatuto que estabelece que “o fechamento de questão decorrerá de decisão tomada em reunião conjunta com a Comissão Executiva (...), aprovada pela maioria absoluta de cada órgão (Bancada e Comissão Executiva)”, o que, segundo Audic Mota, “não aconteceu”.
“A Executiva, sem ter apoio da bancada, quis impor sua vontade, (indo) contra o estatuto”, afirma. Os três assinaram documento, datado de 22 de maio, que pede a “liberação de voto, por motivos de consciência”. Apenas Danniel Oliveira e Leonardo Araújo, outros dois deputados estaduais do PMDB, não são signatários. A reportagem não conseguiu falar com Agenor, que estava em viagem.
Letícia Alves