Deputados estaduais cearenses já se preparam para desembarcar dos partidos aos quais estão filiados. Os motivos são os mais diversos, mas, como alguns já esclareceram na tribuna da Assembleia Legislativa, as perseguições políticas que estariam sofrendo por parte de suas agremiações seriam a motivação principal para saída e ingresso em outros grêmios.
Outros deputados devem deixar os quadros partidários dos quais fazem parte para ingresso em outras agremiações por motivos de sobrevivência política. Alguns desses parlamentares disseram ao Diário do Nordeste que tudo vai depender, no entanto, da Reforma Política em tramitação no Congresso Nacional, mas as conversas em relação ao tema seguem sendo um dos principais assuntos nos bastidores da política local.
De acordo com proposta de Reforma Política que está sendo discutida no Congresso Nacional, essa "janela" pode ser aberta já em dezembro próximo, e não em abril, como é atualmente. Recentemente, alguns deputados já se manifestaram publicamente contra seus partidos. Osmar Baquit questionou os atos da direção do PSD, que, recentemente, teria orientado os membros do grêmio a confirmarem o nome do deputado Leonardo Araújo (PMDB) como líder do bloco PMDB/PSD/PMB.
Logo depois, foi a vez da deputada Silvana Oliveira (PMDB) subir à tribuna da Assembleia para dizer que seu partido estaria querendo expulsá-la, ressaltando que não teria problemas quanto a isso, visto que a sigla, em suas palavras, não estaria dando orgulho a ela nem ao País.
Outros dois deputados do PMDB estão em vias de deixar os quadros da legenda, também por não terem mais o apoio da agremiação. O deputado Audic Mota, por exemplo, desde o fim de 2016, praticamente, não faz mais parte do partido, e até perdeu a presidência da sigla no Município de Tauá. Agenor Neto, o outro que não segue mais a orientação do partido, prefere não tratar do assunto.