Calçados, confecções, indústria de bebidas e de cerâmica estão entre os setores com os quais a Emazp tem dialogado Enquanto tenta cumprir o cronograma estabelecido para a conclusão do processo de alfandegamento de Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Pecém, a Emazp – empresa que administra a área – pretende intensificar, nos próximos meses, o contato com possíveis investidores, através de um trabalho que resulte em maior visibilidade da ZPE, entre outras ações. Segundo o presidente da Emazp, Eduardo Macêdo, a cada semana, a administração da ZPE tem participado de encontros com empresários interessados em conhecer os benefícios da área. Entre os segmentos com os quais empresa tem dialogado, cita os setores de calçados, confecção, indústria de bebidas e de cerâmica, ressaltando que há vários setores que estudam a possibilidade de se instalar na área. “É possível que, até a conclusão do alfandegamento, nós já tenhamos outros investimentos (assegurados na área)”, comenta. Hoje, o único empreendimento já garantido para a ZPE é a Companhia Siderúrgica do Pecém, cuja construção se encontra na etapa de terraplanagem. Diálogos Entre os empreendimentos que podem vir a se instalar na ZPE, afirma, há empresas locais, nacionais e internacionais. Ele prefere, todavia, não citar nomes de companhias, uma vez que ainda não há conclusões sobre possíveis instalações.Apesar dos contatos com empresários, Macêdo destaca que ainda existe “desconhecimento”, por parte dos investidores, quanto aos benefícios – fiscais, cambiais e operacionais – oferecidos na Zona de Processamento de Exportação. Visibilidade Para tentar exercer maior poder de atração sobre as empresas, afirma, a Emazp tem elaborado estratégias voltadas para a prospecção de empreendimentos. Uma delas, aponta, é a maior participação da administração da ZPE em federações, feiras e polos que concentrem um número expressivo de indústrias, como forma de apresentar à iniciativa privada as vantagens da zona de exportação. A expectativa, complementa, é que os contatos com os investidores sejam intensificados a partir do próximo semestre, quando deverão ser colocados em prática planos hoje elaborados. Ele salienta que o trabalho de atração de empresas tem sido realizado em parceria com a Agência de Desenvolvimento do Econômico do Ceará (Adece). Conforme Eduardo Macêdo, além do esforço de conceder mais visibilidade à ZPE, a Emazp se prepara para ampliar seu quadro de funcionários, que hoje conta com uma média de 15 profissionais. A intenção é contratar, no próximo semestre, cerca de 150 empregados, a exemplo engenheiros mecânicos, eletricistas, vigilantes e motoristas. “Nosso quadro hoje é reduzido”.Ele explica que os novos empregados passarão por uma capacitação que deve durar em torno de 60 dias. Desse modo, indica, a contratação deles deve se dar por volta de setembro, para que todos possam estar atuando após o processo de alfandegamento, previsto para ser finalizado em dezembro. Atualmente, a Emazp se prepara para iniciar o processo licitatório referente às contratações. Escritório em Fortaleza Outra ação prevista para o próximo semestre, destaca, é a criação de um escritório da Emazp em Fortaleza, no bairro Aldeota. O escritório deverá concentrar, além da presidência, parte da direção. Enquanto a diretoria técnica deverá ficar no Pecém, explica, as direções administrativa e comercial deverão ser sediadas na Capital. A intenção é que o espaço seja utilizado também para o contato com direto com investidores. Paralelo ao esforço de atração de investimentos, acentua Eduardo Macêdo, o cumprimento do cronograma para a conclusão do alfandegamento da ZPE é o principal foco da Emazp neste momento. Essa é a nossa prioridade número um”, frisa. A data limite para a conclusão do processo é o dia 15 de dezembro. Pacto pelo Pecém Na tarde de hoje, representantes do poder público e de entidades diretamente ligadas ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) – como a Emazp – participam de uma reunião do Pacto pelo Pecém. O encontro se dará às 15h, na Assembleia Legislativa. Os participantes receberão um questionário que será discutido internamente sobre os impactos na região. O resultado do questionário será entregue ao Conselho de Altos Estudos da Assembleia, o qual consolidará um diagnóstico da situação do Cipp sob o ponto de vista de diversos setores como as prefeituras, movimentos sociais, empresários, trabalhadores, moradores da região, além dos representantes do poder público municipal, estadual e federal. João MouraRepórter