A parlamentar socialista explicou que a Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental é um ato histórico, livre e plural, coordenado por um comitê que reúne diversos coletivos, redes e fóruns de movimentos e representações da sociedade civil em todo mundo que atuam nas mais diversas áreas – como direitos humanos, desenvolvimento, trabalho, meio-ambiente e sustentabilidade. Denominado de Comitê Facilitador da Sociedade Civil para a Rio+20, o grupo foi criado formalmente em janeiro de 2011 durante o Fórum Social Mundial de Dakar (no Senegal), e é resultado de um acúmulo de discussões realizadas ao longo de 2010 sobre a ideia de um evento paralelo à Rio+20.
Ela lembrou que a Rio+20 marca os vinte anos da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92 ou Eco 92). Entretanto, segundo Eliane, nestas duas décadas, as ações encaminhadas para superar a injustiça social e ambiental têm sido abaixo das necessidades do planeta e pouco reverteram o quadro de degradação ambiental e os altos níveis de desmatamento e de aquecimento global no mundo.
“Justamente por isso, a Cúpula dos Povos é um contraponto ao discurso oficial das nações do mundo que ainda não conseguiram concretizar a construção de um modelo de desenvolvimento capaz de salvaguardar os recursos naturais e erradicar a injustiça social e as desigualdades econômicas”, argumentou. Ela explicou que durante os nove dias de Cúpula, especificamente durante a Assembleia Permanente dos Povos, será construído, a várias mãos, o documento final do encontro contemplando três eixos principais que serão debatidos. “Este é um passo fundamental para conseguirmos construir um mundo saudável para todos e para as gerações futuras”, disse.
Ao finalizar, a parlamentar reforçou a importância de cuidar do planeta, que, na avaliação dela, significa ir além de preservar o verde. “É trabalhar para reduzir as desigualdades econômicas e sociais, mudar padrões de consumo, combater a exploração predatória dos nossos recursos naturais, universalizar com responsabilidade o acesso a terra e à água e construir relações de igualdade entre as pessoas”, apontou.
Em aparte, o deputado Dedé Teixeira (PT) reiterou a relevância que terá a Rio + 20, uma vez que irá abordar temas importantes, como a luta pelos direitos humanos e não somente a preservação do meio ambiente. “A economia verde focada na redução da pobreza”, defende o comprometimento das principais nações “com um futuro mais sustentável que nosso planeta exige” ressaltou ele.
LS/CG