Por tratar-se da maior conferência global de discussão da sustentabilidade, o parlamentar disse considerar desafiador o debate em torno da chamada economia verde (quando países conciliam desenvolvimento econômico com a preservação de ecossistemas), especialmente pelo fato de o mundo viver crises financeiras recorrentes.

Ele lembrou que a primeira atividade do tipo no Brasil aconteceu em 1992, também no Rio de Janeiro. A expectativa é de que pelo menos 150 mil pessoas participem da edição de 2012. “Nesses 20 anos, o mundo viu crescer a consciência ecológica e a busca por tecnologias, que aumentem a produtividade com o menor número de danos ao meio ambiente”, pontuou.

Segundo Teodoro, o aquecimento global será um dos temas mais enfocados no evento. O deputado destacou relatórios que apontam o acelerado crescimento demográfico e o consumo desenfreado como fatores que levam à destruição sem precedentes da Terra.

Estudos indicam um aumento de 50% da demanda global de alimentos até 2030. No tocante ao consumo de água, o índice subirá 30% do patamar atual. Quanto à energia, será de 45%. Até 2050, a população mundial deve chegar a 9,5 bilhões de pessoas. Atualmente, é de sete bilhões. “É preciso uma brusca mudança de rumo em direção à economia verde. Temos que reduzir a emissão de carbono. A população tem se articulado para exigir mudanças. A saída é a tecnologia e não a radicalização de conceito”, ponderou.

Em aparte, o deputado Dedé Teixeira (PT) classificou a erradicação da pobreza como aspecto fundamental a ser abordado pela Rio+20. “O governo brasileiro está colocando essa questão na dimensão que temos que dar a um evento tão importante. Além da preservação ambiental, temos que pensar o ser humano. De hoje ao dia 22, o Rio de Janeiro será o centro do mundo”, frisou.
BC/CG