O secretário de Ciência e Tecnologia do Ceará, Inácio Arruda (PCdoB) classificou ontem como “brutal e injustificável” atuação da polícia no último domingo, 2, que terminou em agressão contra ele e sua família. Advogado da Associação de Cabos e Soldados Militares (ACSMCE), Filipe Dávilla rebateu as críticas, afirmando que o secretário “resistiu injustificadamente a uma abordagem regular”.
“Minha filha e amigas estavam sentadas, já no processo de final da eleição, quando são abordadas e os policiais já anunciam que querem as bolsas delas”, disse Inácio, em participação no programa Debates do Povo, da Rádio O POVO/CBN. “Elas resistiram e, quando eu cheguei, minha esposa já estava no chão”, disse.
Filipe Dávila, no entanto, contestou a versão. “A PM recebeu a denúncia de que pessoas estavam fazendo boca de urna no local, distribuindo santinhos, com as características das jovens que foram abordadas. Então elas se recusaram a passarem por uma revista”.
O episódio da agressão foi incluído, na última terça-feira, 4, em pedido de juízes eleitorais do Ceará que solicitou o envio de tropas federais para garantir 2º turno da eleição em Fortaleza. Segundo os magistrados, a polícia estaria agindo em benefício da candidatura de Capitão Wagner (PR).
Ainda sobre o caso, Filipe Dávila destaca ainda que outro vídeo mostra que testemunhas confirmaram a denúncia. “O fato não é esse, é a brutalidade, a violência. O policial tem dever de prezar pela tranquilidade no processo, e não o contrário. Isso era um secretário, imagina o que fazem com alguém comum”, diz Inácio Arruda.
Filipe, por outro lado, afirma que não havia qualquer violência antes da chegada do secretário. “Eu cheguei e estava minha mulher no chão, sendo soqueada. Se isso é regular, está errado”, rebate Inácio.