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Terça, 13 Setembro 2016 05:36

Coluna Politica

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Caminhos da campanha     Candidatos reagem de diferentes maneiras às pesquisas e as reações são mais intensas conforme se aproxima a eleição. Pelos números do Datafolha divulgados pelo O POVO deste domingo, Luizianne Lins (PT), Heitor Férrer (PSB) e Ronaldo Martins (PRB) oscilaram dentro da margem de erro desde que começou a propaganda televisiva para prefeito de Fortaleza. Movimentação um pouco para cima e um pouco para baixo significa que o candidato está mais ou menos no mesmo lugar. Para eles, a notícia é ruim.   Porque Roberto Cláudio (PDT) e Capitão Wagner (PR) fariam o segundo turno, se a eleição fosse hoje, a considerar que a pesquisa conseguiu captar o real sentimento do eleitor. Candidatos de PDT e PR estão isolados na dianteira e em crescimento. Com maiores estruturas, mais aliados e recursos, são francos favoritos. São três semanas até a votação. Os adversários precisarão surpreender para fazer frente a ambos.   Sobretudo nas campanhas de Luizianne e Heitor, a reação à pesquisa tem sido de questionar o resultado. Previsível e natural. Em email à coluna, o coordenador-geral da campanha de Heitor, Ricardo Alcântara, lembrou os erros da pesquisa em 2012. O Datafolha apontou, na véspera da eleição, Heitor com 15% dos votos válidos. Na apuração, ele obteve 20,97%. Como a margem de erro era de dois pontos percentuais, a diferença entre o resultado de Heitor e o apontado na pesquisa ficou fora da margem de erro. Também errou a colocação. A pesquisa apontava o então candidato do PDT (hoje no PSB) atrás de Moroni Torgan (DEM). Ficou bem à frente.   “Ora, como se pode dar crédito a institutos de pesquisa que trabalham nas vésperas da votação com ‘margem de erro’ de 50 por cento?”, indaga Ricardo Alcântara. Ele afirma que pesquisas internas mostram resultado diferente. Ele critica que se atribua “pendor de verdade” às pesquisas. Isso, segundo ele, partindo de quem, fora do período eleitoral, critica o crédito excessivo às pesquisas. Ele aponta que o incômodo se deve ao fato de que as pesquisas acabam influenciando o voto “produzindo autoenganos que se realizam”.   Pesquisas não só influenciam voto. Mexem com as estratégias dos candidatos e com o ânimo de potenciais financiadores.   O PESO DAS PESQUISAS O incômodo de quem está atrás nas pesquisas é recorrente, compreensível. E, sobretudo no caso de Heitor, justificado. Houve o histórico do erro significativo, mesmo, em 2012. Do Datafolha e do Ibope, que atribuíram ele o mesmo índice. Então, repito o que escrevo em toda eleição: sim, pesquisa está sujeita a errar. Essa é a primeira compreensão que deve ter em mente quem observa os números. Elas erraram muitas vezes e voltarão a errar. Possuem margem de erro. No caso do último Datafolha, de três pontos percentuais, tanto para mais quanto para menos. O que significa que, se dois candidatos têm entre eles diferença inferior a seis pontos, eles podem estar tecnicamente empatados. E há um intervalo de confiança de 95%, que deixa 5% de possibilidade de o resultado estar fora da margem de erro, como ocorreu com Heitor em 2012. Probabilidade de 5% não é pouca coisa. É 2,5 milhões maior que a chance de alguém ganhar na mega-sena – e tem quem jogue.   Pesquisas erram e devem errar cada vez mais. As relações sociais estão em mutação, com influência crescente de meios como Facebook e WhatsApp. Comportamentos e formas de interação mudam e, com eles, os modos de tomada de decisões. E, uma vez que as campanhas ficam mais curtas, as chances de oscilação crescem. Projetar resultados está cada vez mais difícil.   Por isso, pesquisas devem ser vistas como o que elas são: uma dentre tantas informações, que oferecem um termômetro limitado e parcial do que é a campanha.   O PANORAMA DA VEZ E o quadro de momento é o seguinte: Roberto Cláudio lidera isoladamente. Tem o dobro da pontuação de Luizianne, terceira colocada. É improvável que venha a ficar fora do segundo turno. Só se as pesquisas errarem muito.   Luizianne está oito pontos atrás de Wagner. Heitor, oito pontos atrás dela e a 16 do Capitão. É mais fácil para eles alcançar o candidato do PR que chegar ao atual prefeito e candidato à reeleição. O que poderão tentar? Até aqui, os candidatos de oposição não se atacam. Seguirão nessa toada? Ou mudarão de estratégia? As próximas semanas de campanha irão responder.   Pesquisas podem errar. Mas o que o Datafolha indica é que, se a pesquisa não estiver muito errada, os candidatos do bloco intermediário precisarão criar fatos novos para terem chance na disputa. Pelo sim, pelo não, é bom os estrategistas tirarem coelhos da cartola.  
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