Ao lado de Herivelto Martins, Grande Otelo e Cyro Monteiro, Onéssimo Gomes era muito requisitado pelo Ministério do Trabalho para shows, mas, por seu cachê ser alto, foi contratado como funcionário público, com salário fixo. Exerceu a profissão de fiscal, paralelamente a de cantor, até a aposentadoria.
O músico gravou o primeiro disco com a marcha "Não vou com a sua cara" e o samba "Bravos de Monte Castelo", ambos de Edgar Nunes, Horácio Rosário e J. Pereira, em 1945, pela Continental. Interpretou ainda, de Herivelto Martins e Aldo Cabral, a valsa "Brinquedo do destino", e de Humberto Carvalho e Erasmo Silva, o samba "É sempre assim".
Em 1947, gravou pela Star a marcha "Seu visconde", de Dias da Cruz e Osvaldo Martins, e o samba "Ando louco", de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira. No ano seguinte, foi a vez do samba "Voltei", de Valdemar de Abreu, e a marcha "Cabrocha boa", de Valdemar de Abreu e Cristóvão de Alencar. Em 1949, gravou os sambas "Violão", de Vitório Júnior e Wilson Ferreira, e "Enfermeira", de Edgar Nunes e Zeca do Pandeiro.
Em 1969, participou do LP "I Festival Brasileiro de Seresta", da gravadora Ritmos/Codil, interpretando a canção "Noite de seresta", de Cícero Nunes. Na década de 1980, lançou pela Musidisc o LP "Serestas brasileiras", no qual interpretou clássicos do gênero. Nesse disco estão presentes as valsas-canções "Lágrimas", de Cândido das Neves, e "Mágoas de um trovador", de J. Cascata e Manezinho Araújo; a valsa "Brinquedo do destino", de Herivelto Martins e Aldo Cabral, entre outras. O cantor nasceu no Rio de Janeiro, em 28 de outubro de 1914, e morreu na mesma cidade, em 13 de setembro de 1999.
O Brasilidade é produzido por Fátima Abreu e Ronaldo César e vai ao ar aos domingos, às 18h, com reprise às terças-feiras, às 23h.
LS/AT