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Poucas são as propostas exequíveis - QR Code Friendly
Segunda, 29 Agosto 2016 04:26

Poucas são as propostas exequíveis

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Mirabolantes são algumas das promessas feitas por candidatos à Prefeitura de Fortaleza no curso desta campanha. A maioria dos candidatos, pelo concebido, não está preparada para o desempenho da difícil e nobre missão de comandar a gestão desta Capital, dentre outras razões, pelo desconhecimento do seu Orçamento, o fundamental e importante documento onde estão garantidos os recursos para o financiamento de todas as ações obrigatórias da competência municipal, além dos necessários à efetivação dos investimentos reclamados à preparação do Município para a ampliação de todos os serviços com vistas ao seu crescimento.   Ao curso desta semana, na redação deste Jornal, tivemos a oportunidade de conversar com quase todos os candidatos a prefeito, exceção apenas de Ronaldo Martins, que marcou dia e hora para a entrevista (quinta-feira, 16h) e mandou uma assessora pedir o adiamento na véspera. Procuramos tratar sobre os mesmos temas com cada um deles (as entrevistas serão publicadas a partir de segunda-feira no Diário do Nordeste, e exibidas concomitantemente pela TV DN), tratando de Orçamento, de Saúde, de Mobilidade Urbana, de Investimentos, etc. E começamos pelo Orçamento, pois depende muito dele o resultado final da gestão, por melhor que possa ser a capacidade gerencial do prefeito.   Futuro   O próximo chefe do Executivo municipal trabalhará com pouco mais de R$ 7 bilhões no ano de 2017, aparentemente um elevado montante, mas insuficiente para o atendimento pleno de todas as suas demandas. Desse total, pelo menos 45% serão aplicados no pagamento da folha de pessoal. Os gastos com a Saúde e Educação, no ano passado, somaram R$ 3 bilhões.   Essas três rubricas, e mais o custeio da máquina, chegam a consumir quase todo o Orçamento, deixando o gestor parcialmente sem dinheiro para investir com vistas ao futuro da cidade, não só quanto à expansão populacional, como, também, em razão das novas exigências da sociedade por mais e qualificados serviços.   Dissociado da realidade, alguns falam na contratação de empréstimos para suprir as deficiências do erário, alegando a saúde financeira da Prefeitura, e sua consequente capacidade de endividamento. Falácia, embora as finanças municipais estejam equilibradas.   Fortaleza pode contratar uma boa soma de recursos, mas a economia nacional, debilitada como está, não permite ao Governo Federal dar o aval necessário para tais transações. O próprio Estado do Ceará, nas mesmas condições de adimplência, no ano passado não foi autorizado a negociar empréstimos. Portanto, promessas apoiadas em recursos ainda por vir, são quimeras, engabelações.   Ineficiência   Saúde e Educação precisam sim de bem mais recursos, mas, antes, carecem mesmo é de gerenciamento, e de determinação do administrador para enfrentar o corporativismo das categorias.   Estas são as duas áreas do serviço público, municipal, estadual e federal mais questionadas. A primeira, por óbvio, é líder de reclamação.   As consequências de sua ineficiência são sentidas de imediato. A falta de uma consulta, do recebimento da medicação, e o procedimento cirúrgico não realizado de pronto, aumentam a dor e o sofrimento do paciente, ao tempo que maltratam os seus familiares e amigos, estimulando, com razão, a revolta pela desídia imperdoável.   Os protestos contra as deficiências na Educação estão muito aquém exatamente pelo fato de os seus efeitos, deveras danosos, só serem sentidos algum tempo depois, quando o jovem se ressentir da falta do saber necessário ao seu crescimento pessoal, e a Nação empobrecida sentir a falta da capacidade de inteligência, sobretudo dos seus jovens, para promover o desenvolvimento capaz de gerar riquezas e garantir melhores condições de vida a todo o seu povo.   Para os demais temas, também é nítido o despreparo quando se reclama a formalização de propostas exequíveis capazes de dar melhores condições de a população conviver com as riquezas naturais da Cidade. O leitor e o internauta, pelas observações aqui feitas, por certo, acompanhando as entrevistas, poderão se mobilizar para questionar os candidatos e, assim fazendo, motivá-los a serem verdadeiros e convincentes nas proposições apresentadas.   Impeachment   Francisco Gonzaga, o operário candidato a prefeito de Fortaleza pelo PSTU, no instante em que discorria sobre as dificuldades da sua postulação, lamentava a descrença dos eleitores com a política e os políticos nacionais, para dizer que ele próprio sofre constrangimentos diante de seus colegas trabalhadores que o veem como todo e qualquer outro político, daí não acreditarem no chamamento que faz para elegerem um prefeito saído da classe operária, pois acreditam, que também ele, como a grande maioria dos políticos, busca o poder para a satisfação pessoal. Ele responsabiliza o PT por essa generalização na classe trabalhadora.   Há razões para essa manifestação de Gonzaga. Mas a avaliação negativa da política nacional não é feita apenas pela classe trabalhadora. Os empregadores e outros têm o mesmo sentimento, embora por razões diversas. As sessões do Congresso Nacional, das outras Casas legislativas e de gestores da coisa pública contribuem significativamente para a solidificação, infelizmente, dessa ojeriza nacional.   Uma parte da sessão de ontem do Senado, num dos momentos em que dos seus integrantes é cobrado exemplos de seriedade e responsabilidade, pois fazem o julgamento político de um presidente da República, foi simplesmente deprimente.   Foi pouco o presidente do Senado, senador Renan Calheiros dizer que para os olhos do mundo o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski estava presidindo um julgamento num hospício e de que algumas manifestações de colegas seus eram uma demonstração que "a burrice é infinita", ao se comparar com a outra afirmação de ter salvo a senadora Gleisi Hoffman, recentemente, de um indiciamento pelo Supremo Tribunal Federal, juntamente com o seu marido Paulo Bernardo. Gleice, no dia anterior, havia dito que os senadores não tinham moral para julgar a presidente afastada.   É por isso que quem é cidadão tem razão de se indignar com a sua representação política. Ainda nesta semana, como mostrou este Jornal, foi na Assembleia Legislativa cearense que os deputados partiram para o confronto pessoal, cena imprópria para o principal Parlamento do Estado.
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