A guarda municipal deve ou não ter porte de armas de fogo? O tema já polêmico permeou debates no primeiro dia de campanha dos candidatos a prefeito de Fortaleza. Com respostas diversas, os quatro postulantes com coligações mais fortes defenderam seus pontos de vista de uma discussão que deve acompanhá-los por boa parte da disputa.
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A discussão cabe, desde que sem oportunismo
Para o candidato de oposição do PR, Capitão Wagner, armar a guarda é uma das prioridades de campanha. Ele garante que o treinamento e armamento podem ser feito no primeiro ano de gestão. “O armamento da guarda é apenas uma das saídas. Essa é a parte repressiva. Mas nós teremos um trabalho preventivo de ocupar os espaços públicos com esportes, lazer, cultura”, apontou.
A ex-prefeita Luizianne Lins (PT) disse que armar a guarda “é solução de gente desesperada”. Ela se disse contra a medida, a princípio. “Por definição, acho que temos que desarmar e não armar. Mas é um debate a ser feito. (...) Aparato armado já temos, que é a Polícia”, avalia.
O atual prefeito Roberto Cláudio (PDT) disse que esse não é o debate central sobre violência em Fortaleza. “O debate central é prevenir pelo caminho do social. Esse é o grande mote. Claro, sempre aumentar, melhorar, treinar a guarda e integrá-la com os equipamentos de polícia”, afirma.
Já Heitor Férrer (PSB) também afirmou ser contra armar a guarda. “Cabe ao Estado guardar o cidadão e evitar que os vitimados nos vitime”, disse. (Colaborou Wagner Mendes e Carlos Mazza)
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