Representando o presidente da Casa, deputado Zezinho Albuquerque (PDT), o chefe de gabinete da Presidência, Roberto Mendonça, abriu a palestra destacando o valor da mulher brasileira e a necessidade de fazer uma “reflexão ética sobre o papel da mulher cada vez mais importante para o destino de todos”.
A diretora de Gestão e Ensino da Unipace, Lindomar Soares, ressaltou que, apesar de a mulher ser maioria da sociedade, ainda sofre com resquícios do inicio da construção da sociedade, principalmente a sociedade brasileira e da América Latina. Segundo ela, são diferenças ainda muito gritantes, seja na área do trabalho, da formação ou da política. “Com essa discussão na Assembleia, buscamos cada vez mais diminuir essas desigualdades”, disse.
A doutora em Ciências Sociais e professora da Universidade de Lisboa Cláudia Vaz, palestrante do evento, questionou o que é ser mulher e os papéis definidos por gênero. Comparando Portugal ao Brasil, a doutora destacou problemas graves comuns, como a violência doméstica. Entretanto, em razão da diferença de tamanho entre os países, ela reconheceu que a dificuldade é maior para os brasileiros. Cláudia Vaz também chamou a atenção para a educação dentro de casa e a importância de estimular atitudes que ensinem sobre igualdade.
Para a presidente do Partido da Mulher Brasileira (PMB) e prefeita de Tauá, Patrícia Aguiar, o envolvimento das mulheres com a política está longe do ideal. Segundo ela, apesar de ser maioria da população, o público feminino representa menos de 10% dos representantes nos parlamentos. Patrícia Aguiar ressaltou ainda a herança histórica de uma sociedade patriarcal como fundamento para essa realidade.
A promotora Grecianny Carvalho lembrou que ainda há pouco destaque para mulheres no universo literário. De acordo com ela, apenas seis dos 40 lugares na Academia Cearense de Letras são ocupados por escritoras. Esse número é um pouco maior na AMLEF, que possui nove escritoras..
Também participaram do evento a deputada Laís Nunes (PMB); o deputado Naumi Amorim (PMB); o ex-deputado Francisco Caminha; a presidente da Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acert), Carmen Lúcia Dummar; a professora de Direito Internacional Talita Del Lago e a defensora pública e presidente da Comissão de Acesso à Justiça da OAB/CE, Francilene Gomes de Brito Bessa.
Da Redação/GS