De acordo com a deputada Augusta Brito (PCdoB), presidente da Comissão da Juventude, o que se pretende é debater com jovens de Fortaleza sobre a realidade das comunidades, tratando especificamente dos temas segurança, educação e gravidez na adolescência. "Vamos discutir, por exemplo, por que 20 bairros concentram mais da metade dos homicídios de Fortaleza, enquanto em outros 36 não houve uma criança ou adolescente assassinada" questiona a

deputada.

Em 2015 foi realizado o I Fórum Territorial Mais Fortaleza Menos Desigualdade, quando as comunidades Bom Jardim, Barra do Ceará e Jangurussu tiveram acesso a um diagnóstico da situação de homicídio, acesso à pré-escola, gravidez na adolescência e debateram sobre como superar os inúmeros problemas. O II Fórum pretende identificar se houve avanços na comunidade e quais desafios permanecem e precisam ser enfrentados em busca de uma Fortaleza justa para todos.

Os fóruns integram a Plataforma dos Centros Urbanos (PCU), iniciativa proposta pelo Unicef a algumas capitais brasileiras no sentido de construir um

modelo de desenvolvimento inclusivo nas grandes cidades brasileiras, superando as desigualdades de oportunidades, sobretudo as que recaem sobre os jovens na faixa de 10 a 19 anos.

Outras duas audiências serão realizadas no mês de julho: uma no dia 06, no Cuca Jangurussu, e a outra no dia 13, na EEFM Professor Juciê Caminha, na Granja Portugal.

WR/AP